São Paulo, sexta-feira, 7 de fevereiro de 1997 |
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Carná 97! Peruca loira e enchimento pra bumbum!
JOSÉ SIMÃO
A musa do Carnaval vai ser uma loira bunduda. Ops, uma bunda loira. Pra falar português claro. Vamos parar com essa elegância, como diria Menotti del Picchia. Aliás, depois que o Serjão entrou pro governo a elegância das palavras foi pro espaço! Rarará! E uma amiga me disse que a coisa mais constrangedora do Carnaval foi se encontrar com o ginecologista dela com dois dedinhos pra cima, colar havaiano, barriga, sunga e camiseta estampada com marca de cerveja! E eu vou ligar a TV, comprar um engradado da Antarctica e fingir que tô no camarote da Brahma. E eu não posso repetir nada que escrevi no Carnaval passado porque sempre tem um pentelho que lembra e deda! É mole? É mole mas sobe! E o único apito que a gente vai ouvir em São Paulo é o apito do guarda noturno! E um amigo baiano passou um Carnaval aqui em São Paulo e não acreditou. Segunda de manhã o carteiro passou. Antes da Mangueira! E à tarde vieram uns caras da Eletrocovas e ligaram a britadeira. Paulista pula ao som da britadeira! Na videolocadora da esquina! Carnaval é época de comer gato por lebre! Diz que tinha um caminhoneiro que passava o carnaval repetindo: "O meu nome é Romeu, o caminhão é meu, entrou aqui sifu". Aí ele deu carona pruma freira e na hora de descer ela rebateu: "E o meu nome é Roberval, gostei muito do seu pau e isso aqui é uma fantasia de Carnaval". Rarará. O Carnaval é o recenseamento do travesti brasileiro. Hoje só amanhã. Vai-Vai indo que eu não vou. Carnaval é como sexo. Só é bom ao vivo! E-mail simao@uol.com.br Texto Anterior: Incentivo municipal a projetos culturais atrasa em um mês Próximo Texto: Allen vai filmar ao som de 'Garota de Ipanema' Índice |
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