São Paulo, sexta-feira, 7 de fevereiro de 1997
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Terapia de genes protege ratos contra o mal de Parkinson

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

As chances de uma cura para o mal de Parkinson, doença neuro-degenerativa que afeta o ex-campeão de boxe Muhammad Ali, parecem ter aumentado.
Pesquisadores da Universidade de Rochester, em colaboração com cientistas da empresa Genetic Therapy Inc. e da Universidade de Iowa, publicam hoje estudo na revista "Science" que mostra a possibilidade de uma terapia de genes contra a doença.
A equipe injetou no cérebro de ratos uma versão modificada do vírus do resfriado, incapaz de se multiplicar.
O cérebro dos animais também havia recebido uma substância chamada hidroxidopamina, que mata gradualmente as células nervosas (neurônios). O objetivo foi simular a doença nos animais.
Os vírus carregavam genes responsáveis pela produção de um fator chamado GDNF, que protege as células nervosas que são destruídas pela doença. Os genes passaram a produzir o fator diretamente no cérebro.
Cepois de seis semanas, os pesquisadores verificaram que os neurônios dos ratos que não haviam recebido a terapia tiveram 69% mais chance de morrer do que aqueles que a haviam recebido, cuja chance de morrer foi de 21%.
"Esse é o primeiro exemplo in-vivo de uma terapia de genes no cérebro", disse Derek Choi-Lundberg, um dos autores do estudo.
Os tratamentos convencionais consistem em remédios ou numa cirurgia experimental no cérebro chamada palidotomia.

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