São Paulo, domingo, 9 de fevereiro de 1997
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Mangueira exalta Rio 2004

DA SUCURSAL DO RIO

A Mangueira, outro destaque da primeira noite de desfile, nega que seu enredo "O Olimpo é Verde e Rosa" seja propaganda da Rio 2004. No entanto, a escola recebeu R$ 320 mil do comitê organizador da candidatura do Rio de Janeiro aos Jogos Olímpicos.
O enredo faz uma analogia entre o monte Olimpo, onde viviam os deuses da mitologia grega, em cuja homenagem eram realizados os Jogos Olímpicos da antiguidade, e o morro da Mangueira, com os "deuses do samba" e a vila olímpica que abriga os projetos sociais da comunidade.
Os deuses do samba sairão no carro abre alas. São eles, entre outros, o ex-casal de mestre-sala e porta-bandeira Delegado e Mocinha e os compositores Carlos Cachaça e Nélson Sargento. Antigos ritmistas e ex-presidentes também estarão presentes.
As duas mulheres mais famosas da Mangueira, dona Neuma, filha de Saturnino Gonçalves, fundador da escola, e dona Zica, viúva do compositor Cartola, que escolheu o verde e rosa da escola, também estarão nesse carro.
Jamelão, 86, um dos deuses do Olimpo verde e rosa, não sairá no carro. Ainda em atividade, ele cantará o samba de Chiquinho, Leque e Jorge Magalhães na avenida.
Segundo o carnavalesco Oswaldo Jardim, somente a escola poderia falar da Olimpíada sem parecer que faz propaganda da Rio 2004. "Nós temos aqui o nosso Olimpo, com a pista de competições no pé, como na Grécia antiga", justifica.

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