São Paulo, domingo, 9 de fevereiro de 1997 |
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Falta personalidade ao coreano Clarus
JOSÉ CARLOS CHAVES
O Clarus sai mais barato que outros coreanos, como o Hyundai Sonata 2.0 GL (US$ 31,2 mil). E pode se tornar uma opção mais tentadora se comparado com o nacional Vectra CD (R$ 34,6 mil). Também com motor 2.0 de 16 válvulas, o Vectra traz alguns equipamentos a mais, como freios ABS (que não travam) e toca-fitas. No Clarus, são opcionais. Outro item em que o modelo da Kia sai vitorioso em relação à concorrência é o generoso espaço para os ocupantes de trás, principalmente para as pernas. O acesso à parte de trás é facilitado por dois motivos: portas traseiras com um bom ângulo de abertura e ampla área de entrada, que ultrapassa a curvatura do teto. No teste feito pela Folha e pelo Instituto Mauá de Tecnologia, marcou 11,03 segundos ao acelerar de 0 a 100 km/h. Nada mal se comparado aos 11 segundos do Gol GTI 2.0 8 válvulas, também testado. A suspensão é confortável e até enfrenta bem os buracos, mas deixa o motorista um pouco inseguro em curvas acentuadas, já que a carroceria inclina demais em razão de tanta maciez. Mas seu comportamento satisfaz. Menos na chuva, onde essa sensação aumenta, provavelmente devido aos pneus. Seu baixo nível de aderência produziu marcas ruins na prova de frenagem -precisou de 67,2 metros para parar partindo dos 100/kmh. Um carro como o Vectra GL precisa de 56,8 metros. O acabamento interno é outro item decepcionante. Uso excessivo de plástico simples no painel e nas portas em nada combina com toda aquela cara de carro de luxo. Por sinal, o design sofre do mesmo mal dos sedãs coreanos, falta de uma personalidade mais marcante. Olhando por trás lembra uma infinidade de outros carros asiáticos. A frente é menos comum. Mas não é difícil ouvir alguém dizer que parece esse ou aquele carro, mas ninguém consegue acertar nem a qual marca pertence o Clarus. Próximo Texto: Versões básicas podem ser compradas com descontos Índice |
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