São Paulo, segunda-feira, 10 de fevereiro de 1997
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Coluna Joyce Pascowitch

JOYCE PASCOWITCH

Lantejoula
Depois das últimas versões tipo mornas, o baile black-tie do Copacabana Palace, sábado no Rio, reviveu seus bons tempos no quesito animação.
Foi uma noite de muita dança e Carnaval bem-comportado, que juntou o high society carioca, figurettes de todas as tribos, drag queens, poucos políticos e globettes e muitas mulheres bonitas -muitas delas turistas acidentais.
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Os camarotes mais concorridos foram os do ministro Francisco Dornelles -o exemplar mais ilustre de Brasília no pedaço- e o de Luiz Paulo Conde, que estreava todo pimpão como prefeito na folia.
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No item lasagna, o toque de classe da noite foi Giuseppe Cipriani, dono do restaurante Cipriani de Nova York, que dançou até não poder mais.
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O décor todo verde-amarelo, de Zeca Marques, que se inspi rou em Josephine Baker, deu um toque de modernidad aos salões do hotel -com enormes bananas espalhadas por todos os lados.
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Os cerca de 1.500 convidados dançaram ao som das marchinhas dos anos 40 e 50 e chacoalharam com os hits da Bahia, mas mandaram ver mesmo no samba com o batucão de parte da bateria da Portela, que acompanhou Elza Soares cantando tudo o que sabe madrugada afora.
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E amor é mesmo lindo.
O mais novo par do Carnaval carioca junta Fernando Vanucci com Andrea de Oliveira, ex de Romário.
O casal não se desgrudou na feijoada do Amaral e encarou à noite o baile da cidade no Copacabana Palace.
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O retorno ao Hippopotamus não alterou muito o cardápio da Feijoada do Amaral.
A platéia de sempre -duplas sertanejas, sambettes, globettes, tops e jogadores de futebol- dividia espaço com ilustres desconhecidos, que pagaram R$ 180 pelo convite.
A superlotação e a falta de camisetas -indispensável para entrar na festa- provocaram a maior confusão na porta.
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Com calor de mais de 40 graus, o melhor mesmo foi trocar o Hippopotamus pela banda de Ipanema, que animava as ruas.

Sanduíche
A participação de João Marcello Bôscoli no Carnaval da Globo -comentando o som da bateria nos desfiles das escolas de samba- deve render mais confetes.
Mesmo já tendo acertado um programa com a TV Cultura, o moço anda mais que cortejado pela própria Globo -onde estacionaria como reforço na área musical da emissora.

Oxóssi
Antes mesmo de começar, o Carnaval da Bahia já tinha musa devidamente entronada :
Carla Perez, a Carlinha do Tchan.
Em todos os cantos de Salvador se vêem replicantes da dançarina -loirinhas de última geração, todas de shortinho bem curtinho.
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E como ninguém resiste mesmo a todos os requebros da moça, até Marina Lima -que trocou estes dias o Rio pela Bahia-, no alto do carro de som do Ara Ketu, no Campo Grande, dançou o tchan.
Aliás, a cantora foi tão festejada pelos foliões que até parecia ACM, o rei da Bahia.
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Flora Gil estreou neste Carnaval no papel de mãe preocupada.
Pela primeira vez, seu filho Bem, de 13 anos, saiu no Olodum -sozinho.
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Além do camarote de Daniela Mercury, o mais festejado da Barra, um outro camarote, que estreou este ano no área, vive dias de estrelato explícito: o da quituteira Dadá, que carregou para o pedaço suas caçarolas e temperos -e clientes famosos, claro.
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Jorge Amado receberia ontem homenagem mais que especial no bloco que reverenciava sua obra.
Mãe Cleusa iria sair do Alto do Gantois para dar um olá ao escritor.

Asas do desejo
Gal Costa cansou da brincadeira.
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Depois de muito empenho para dar forma ao canil que montou em seu château em Trancoso, a cantora acaba de passar adiante todos os rottweilers criados na área -36 no total.

Verbete
Cult de verão, o filme "Pequeno Dicionário Amoroso" vai ganhar sua versão livro.
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A diretora Sandra Werneck acertou detalhes da obra com a editora Rocco.

E-mail joyce@uol.com.br

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