São Paulo, segunda-feira, 10 de fevereiro de 1997 |
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Índios e estepe compõem o cenário local
RODNEY SUGUITA
Nas famosas corredeiras andinas, entra em cena a prática de rafting no rio Manso. "Pero, no mucho", brinca Hector Vauve, 35. Sua função é descer o rio com caiaque, antes da descida do bote de borracha que leva os turistas corredeiras adentro. O rio Manso se arrasta pela cordilheira e tem um total de 150 quilômetros de extensão. A prática de rafting é confiável em 17 desses quilômetros, com três ou quatro níveis de dificuldade. Nos outros pontos, o nível de dificuldade chega a seis ou sete, o que indica muito perigo para os praticantes do esporte. O tobogã -corredor fluvial formado de pedras arredondadas- e a cascata (queda-d'água de quatro metros) são os pontos mais esperados durante o percurso. São os momentos em que a emoção transborda. O bote de borracha desce as corredeiras, remado pelos inexperientes turistas, levando sete pessoas. Uma vai sentada no leme, e as outras seis, nas laterais. A descida leva 40 minutos, numa velocidade de 50 km por hora. Há uma parada para um lanche e para descanso. Dá para aproveitar e observar melhor a paisagem. À primeira vista, a água parece ser muito gelada. Mas, durante o verão, a temperatura média é de 18 graus Celsius. Para evitar queimaduras, o uso de um bom filtro solar e um protetor para os lábios é recomendável. Uma capa de chuva pode ser útil. Isso porque é comum ocorrer tempestades na região. Índios Depois de cruzar de jipe o rio Limay, a paisagem muda. A frota passa pela estepe em direção ao vale Llanquín. São quase cinco horas de estrada pelo árido cenário. No vale Llanquín vivem os índios e mestiços descendentes dos mapuche. Os nativos recebem as excursões com chá verde e um tipo de biscoito. Não vendem artesanato e são muito receptivos. Enquanto os turistas tiram fotos e descansam, os índios contam um pouco da história da região e mostram suas casas. É comum ver um deles trazendo animais caçados para a vila. Existem cavalos selvagens pastando pelas imediações. Comida Nos restaurantes de Bariloche, a fome dos aventureiros pode ser saciada com pratos à base de peixe de rio (principalmente truta) e caça. Uma dica é a truta com ervas, que serve bem uma pessoa. Com vinho e uma sobremesa, você gasta cerca de US$ 15. Outro tipo comum de refeição nos restaurantes do lugar é a carne de cervo. O sabor lembra aquele da carne de cabrito. Texto Anterior: PACOTES PARA BARILOCHE Próximo Texto: Esqui e dança fazem a festa Índice |
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