São Paulo, segunda-feira, 10 de fevereiro de 1997
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Arrumar a mala ainda provoca calafrios

JOANNE KAUFMAN
DO "TRAVEL/THE NEW YORK TIMES"

Pessoalmente, devo confessar, tenho uma fraqueza por viajar carregando pouco peso. Toda viagem é uma jornada ao desconhecido, com algum perigo envolvido. E assim deve ser encarada.
Certa vez, marquei um encontro com uma pessoa que se referia a minha enorme bolsa como um balaio de gatos.
Nessa noite, ele procurou por uma caneta no interior da bolsa e, em vez disso, encontrou um kit para costura, creme e escova de dentes, bandeides, uma toalha úmida, uma garrafa de água mineral Evian, uma maçã, metade de uma baguete de queijo e um potinho de pasta de amendoim.
Se continuasse vasculhando, ele jura que poderia ter encontrado meio frango assado.
Ele não encontrou minha camiseta branca e uma troca de roupas íntimas, que rotineiramente carrego nos meses quentes, quando troco de roupa no meio do dia.
Você pode imaginar, então, tudo o que está envolvido nos meus arranjos para uma viagem cruzando a fronteira de vários Estados norte-americanos.
Um destino pode ser um pouco mais quente ou mais frio, casual ou rigoroso, do que o que prometem os folhetos turísticos.
Mas ainda não descobri qual é a linha que separa a escassez do excesso na hora de montar a mala.
Eu não preciso de uma mala caindo na minha cabeça para saber que arrumá-la é um problema.
Procuro avidamente artigos em revistas e jornais que tentem desvendar o mistério da arrumação das malas.
Há sugestões sobre a importância de incluir itens que podem ter dupla utilidade. Por exemplo, uma camisa noturna que pode ser usada como saída-de-banho. Suponho que isso significa que eu também deva usar a escova de dentes como um removedor de curativos.

Tradução Edson Franco

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