São Paulo, quarta-feira, 12 de fevereiro de 1997 |
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Presos serram grades e 12 fogem da PF Quatro policiais são suspeitos de facilitar DA SUCURSAL DO RIO Após serrarem uma grade da cela, alcançarem um pátio e renderem um vigia, 12 presos fugiram anteontem à noite da sede da PF (Polícia Federal) no centro do Rio. Dez deles são acusados por tráfico internacional de drogas.Integravam o grupo três estrangeiros e o suposto chefe do tráfico no morro do Turano (Tijuca, zona norte), Ocimar Nunes, o Barbosinha. O superintendente da PF, Jairo Kullmann, afastou os quatro agentes que davam plantão na carceragem, indiciando-os em inquérito que vai apurar se houve facilitação de fuga. Embora a fuga tenha ocorrido às 20h30, o alarme só foi dado às 22h15. O assessor de imprensa da PF, Aroldo Mendonça, disse que será investigada a razão de o vigia José Alves Barbosa não ter informado antes sobre a fuga. Barbosa vigiava o pátio de carros da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), que tem escritório na PF. Ele disse que foi rendido e teve um revólver roubado. Os presos roubaram dois carros da SAE -Fiat Uno branco e Santana azul-, saindo pelos fundos do prédio, na avenida Venezuela. O vigia disse ter sido levado como refém, sendo libertado 20 minutos depois. O Fiat foi abandonado na rua Santa Alexandrina, em Santa Teresa (zona sul). O Santana continuava desaparecido ontem à tarde. O assessor disse que o vigia pode não ter informado antes sobre a fuga porque foi deixado, "provavelmente em pânico", em local que não conhecia, de onde teria tomado um ônibus para voltar à PF. Havia 14 presos na cela da carceragem da PF. A poucos metros fica a sala onde os agentes davam plantão. Dois presos não quiseram fugir. Segundo eles, os fugitivos tinham uma serra. Mendonça afirmou que os fugitivos improvisaram uma corda com lençóis, amarrando-a na grade, a 3 metros do chão da cela. Seguros na "corda", eles serraram oito barras da grade. Antes da fuga, havia 84 presos na PF. Os estrangeiros que fugiram são o britânico Harold Chukwuemeka Maduakor, o belga Hugo Xavier Honoré Dewael e o senegalês Mohame Aminou Sene, todos condenados por tráfico. Texto Anterior: Colérico; Destronada; Escreva Próximo Texto: Detentos se rebelam por 6 horas e depredam cadeia superlotada Índice |
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