São Paulo, quarta-feira, 12 de fevereiro de 1997 |
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Mercado acionário é tão arriscado quanto atrativo
MILTON GAMEZ
É sempre a mesma história: a Bolsa dispara, os investidores de primeira viagem se animam e compram ações, os grandes especuladores e megainvestidores despejam papéis no mercado e a Bolsa cai. Os pequenos pagam os ganhos dos grandes. Para evitar essas trombadas, vale seguir alguns conselhos clássicos dos administradores de recursos: * Não coloque todos os ovos na mesma cesta. Aplique, no máximo, 25% de sua poupança disponível em ações. * Canja de galinha e diversificação não fazem mal a ninguém. Prefira aplicar em uma cesta de ações. Valores pequenos devem ir para fundos de investimentos. * O tempo é o verdadeiro Senhor do Universo. Invista sempre a longo prazo, ignorando altas ou baixas no meio do caminho. Seguir esses três conselhos é suficiente para um bom começo. Mas é bom ter em mente que, se o Brasil não é México (veja a oscilação no quadro acima), também não é os Estados Unidos. Lá, o desempenho da economia e, consequentemente, das empresas, dita o comportamento das Bolsas. No Brasil, o mercado é concentrado em meia dúzia de empresas estatais -Telebrás, Eletrobrás, Petrobrás e outras "brás"- e não segue a "lógica pura" do capitalismo. "Um aumento de tarifas públicas pode disparar o preço das ações e influenciar o mercado. A Bolsa tem vida própria em relação ao que acontece no resto da economia", alerta Luís Eduardo de Assis, diretor de investimentos do Citibank. (MILTON GAMEZ) Texto Anterior: Potencial é maior ainda Próximo Texto: Atrás do prejuízo; Querendo mais; Defesa das licitações; Recordar é viver; Nos Andes; Investimento elétrico; Esperando crescer; Risco no transporte; Chegando em São Paulo; Na mira; Das duas, uma; Cliente misterioso; Fim do holerite; Interesse imóvel; Com saída; Horário da Bolsa Índice |
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