São Paulo, quarta-feira, 12 de fevereiro de 1997 |
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Doenças voltaram a partir de 85
DANIELA FALCÃO
A mais famosa foi a epidemia de cólera, que atingiu principalmente a América do Sul e América Central a partir de 91. Desde então, mais de 1 milhão de casos e 9.000 mortes ocorreram. Em 93 e 94, os casos de cólera diminuíram em alguns países, mas continuaram a crescer em áreas da América Central, Argentina e Brasil. A OMS calcula que levará mais de uma década e que serão consumidos US$ 200 bilhões para controlar a epidemia. Outra doença reemergente que tem chamado atenção das autoridades mundiais é a tuberculose. Em 93, a OMS declarou a doença emergência global. Se a tendência continuar, nos próximos dez anos a tuberculose terá matado pelo menos 30 milhões de pessoas. Explosão de tuberculose nos EUA em pacientes soropositivos fez surgir uma variação da doença muito mais resistentes aos antibióticos usados para combatê-la. Graças à imunização em massa, a difteria já era considerada uma doença quase erradicada. A realidade mudou em 90, com a explosão de epidemia de difteria na Rússia e Ucrânia. Segundo a OMS, a volta da difteria está ligada ao estresse "social e econômico" causado pela dissolução da ex-URSS. Até o fim de 94, haviam sido registrados 47,8 mil casos, com 1.746 mortes. No início de 96, a Nigéria foi surpreendida por uma epidemia de meningite de proporções inéditas. Em fevereiro, a cada dia 120 pessoas davam entrada nos hospitais com casos de meningite. No Brasil, as doenças que voltaram com mais intensidade foram cólera, dengue e malária. Cerca de 155 mil pessoas foram infectadas pelo mosquito Aedes aegypti e pegaram dengue no ano passado. O Ministério da Saúde estima que ao menos 2.000 municípios em 26 Estados e no Distrito Federal tenham focos do mosquito. Em 14 Estados, há risco de epidemia de dengue hemorrágica, mais grave do que o dengue clássico porque pode matar. (DF) Texto Anterior: Doenças que surgiram nos últimos 20 anos Próximo Texto: OMS propõe quatro medidas Índice |
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