São Paulo, sexta-feira, 14 de fevereiro de 1997
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Parentes estavam chocados

RONI LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

Moradores do bairro Vila Rosali, no município de São João de Meriti (Baixada Fluminense), estavam chocados com a perda de parentes e amigos que viajavam no ônibus.
"Não tenho nada a dizer. Queria meu marido, mas Deus levou. O que mais posso dizer?", afirmou Ubirandira Emiliano, que perdeu o marido, Apolinário, no acidente.
No ônibus viajava também seu filho, Edson Costa Emiliano, 21, que ficou ferido sem gravidade. Edson foi levado para uma clínica, para fazer um exame mais apurado sobre o seu estado de saúde.
"Em Macaé, o mandaram para casa, mas nem deram remédio. Ele está em estado de choque e não pode falar nada", disse Ubirandira. Muito nervosa, ela não quis fazer mais comentários.
A família do aposentado Mário Tricano, 70, não recebeu a reportagem. Tricano, que morreu no acidente, era pai do prefeito do município serrano de Teresópolis (RJ), Mário Tricano Filho.
Um dos dois filhos de Zileia dos Santos, a guia de turismo organizadora da excursão, também morta no acidente, Mário Lúcio dos Santos, 22, ficou chocado.
"Do meio do ônibus pra frente, ninguém sobreviveu", lamentou. Ele reclamou da suposta ineficiência de peritos da Polícia Civil, que demoraram a chegar.
Para ele, o motorista do caminhão dormiu ao volante. "Era uma reta. Não era pra ter um acidente assim." Segundo ele, o motorista do ônibus tentou desviar.

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