São Paulo, sábado, 15 de fevereiro de 1997
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'Pulamos da asa para o chão'

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

"Tivemos que pular da asa para o chão, enquanto o combustível vazava", declarou a passageira Adriana Abreu Brasileiro, 34, que falou por telefone, de Carajás (PA), à Agência Folha.
Como o avião foi de encontro às árvores do parque de Carajás, que circunda o aeroporto, não foi possível abrir os colchões de ar pelos quais os passageiros escorregam até o chão em casos de emergência. As pessoas tiveram de saltar de uma altura de cerca de três metros.
"Um senhor pulou primeiro e ajudou as crianças a descer", disse Adriana, que viajava com os dois filhos, Felipe, 12, e Mateus, 8.
Adriana afirma que desceu primeiro o filho mais velho; depois, pulou e pegou o filho mais novo, ajudada por outros passageiros da aeronave.
"Houve pânico e muita gritaria. Depois da pancada com muito barulho, as máscaras (de oxigênio) caíram e o avião desviou para o mato", disse ela.
Hélio Bressan, delegado em São Paulo que estava a bordo, afirmou que tentou controlar o pânico e ajudar a facilitar a saída dos passageiros.
"Tínhamos medo de uma explosão, devido ao vazamento do combustível", disse ele.
Bressan carregou até a pista uma menina de nove anos que viajava sozinha.
"Acho que o nome dela era Renata. Estava muito assustada, mas, felizmente, não sofreu nada, apenas uns arranhões no joelho", afirmou.

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