São Paulo, segunda-feira, 17 de fevereiro de 1997 |
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Secretário recebe apoio
AURELIANO BIANCARELLI
A preocupação tinha seus motivos: pressões argentinas para que o secretário deixasse o posto já tinham chegado ao Itamaraty, e Carlini corria o risco de ficar de fora da nova equipe. "Fui escolhido secretário para colocar as leis do país em prática", diz. "Se for impedido, não tenho por que permanecer no cargo." Antes do confronto com os argentinos, Carlini tinha enfrentado a resistência dos laboratórios que agora estão do seu lado. "Não foi fácil fechar 200 laboratórios, obrigando-os a cumprir a legislação", afirma. Carlini assumiu a Vigilância Sanitária em janeiro de 95, escolhido pelo então ministro Adib Jatene. Nos dois anos anteriores, nove secretários tinham passado pelo posto, uma média de permanência de três meses. Aos 66 anos, Elisaldo Carlini é visto como o secretário com maior bagagem que já ocupou o cargo. Meses antes da posse, tinha sido eleito membro do INCB, conselho internacional de controle de narcótico das Nações Unidas, por indicação da Organização Mundial da Saúde. É professor titular de psicofarmacologia da Escola Paulista de Medicina (Unifesp) e fundador do Cebrid, um centro de informação sobre drogas psicotrópicas. Presidiu várias sociedades científicas no país, entre elas a Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos. É vice-presidente do Confen, Conselho Federal de Entorpecentes. (AB) Texto Anterior: Remédio amarga relação com Argentina Próximo Texto: A guerra dos remédios Índice |
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