São Paulo, segunda-feira, 17 de fevereiro de 1997
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Zélia Duncan cantava na noite

FABIAN DÉCIO CHACUR

"Nasci em Niterói, mas fui para Brasília criança. Jogava basquete no Colégio Marista, e, aos 13 anos, comecei a tocar violão. Mandei uma fita para a Funarte, venci um concurso e em maio de 1981 fiz o show que deu início a minha carreira. Em Brasília, fiz de tudo, cantei em todos os lugares, desde bares até o Teatro Municipal. De dia, trabalhava como funcionária pública. À noite, cantava. Em 87, recebi o convite para participar do Projeto Pixinguinha, fazendo 20 shows pelo Norte e Nordeste ao lado de Wagner Tiso e Cida Moreira, que me aconselhou a mudar para o Rio. Comecei lá do zero, tudo de novo. Fiz locuções e fui vocalista de apoio do José Augusto e do Bebeto em shows, além de estudar canto e teatro. Em 89, o meu show solo 'Muita Atenção' atraiu o pessoal da Eldorado, onde gravei o disco 'Outra Luz', ainda como Zélia Cristina. Considero-o meu disco 30%, não o rejeito, mas não era a minha cara. Em 91, fui para os Emirados Árabes, onde cantei de segunda a sábado durante oito meses. Diziam que era louca de ir para lá. Quando voltei ao Brasil, recomecei mais uma vez, tocando violão e compondo muito. O Guto Graça Mello viu meu show, a Warner me convidou e dessa vez tive total liberdade. Assumi o nome Zélia Duncan, fiz um disco como queria e, enfim, o sucesso chegou."

Zélia Duncan, 32, é cantora e compositora
(Depoimento dado a Fabian Décio Chacur, free-lance para a Folha)

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