São Paulo, segunda-feira, 17 de fevereiro de 1997
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Sufoco lembra vestibular da Fuvest

CRISTIANE YAMAZATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O coração dispara, as mãos e as pernas começam a tremer e vem o famoso branco. O carro acelera demais, a marcha não entra e fazer a baliza, então, acaba parecendo coisa de outro mundo. Resultado: lá se vai a chance de sair com a carteira de motorista.
Ser reprovado uma, duas, três vezes ou mais no teste prático chega a ser comum. "Na hora de ligar o carro, com o examinador ao lado, fico nervoso e acabo errando coisas primárias", diz Leandro Louçana Albi, 19, minutos antes de enfrentar seu quinto exame de direção.
Para seu alívio, essa foi a quinta e última vez. Apesar do nervosismo, Leandro não cometeu as chamadas falhas graves (leia quadro ao lado) e conquistou a tão suada carteira de habilitação.
Já Nadia Lucy Buzato, 19, não conseguiu controlar a tensão nem antes nem durante o segundo exame prático. "Antes da prova, tomei até suco de maracujá e rezei. Pedi para Deus me ajudar a ter calma para conseguir passar, mas não deu", lamenta.
A espera no dia também é uma agonia só. "Ficar aqui esperando a minha vez e ver os outros deixando o carro morrer, se esquecendo de dar a seta é o que mata", dizia Valquiria Zencovas, 21.
No final, ela não se saiu muito diferente dos demais. "Minhas pernas tremiam muito, o pneu bateu na guia e não consegui fazer mais nada." Antes de chegar a essa etapa final, o aluno enfrenta outros testes. Alguns mais brandos, outros nem tanto, como a conta da auto-escola. Mas também é possível, e dentro da lei, ter aulas com o pai ou outro conhecido. Leia os detalhes abaixo.

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