São Paulo, sábado, 22 de fevereiro de 1997
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Multidão vai à casa de Deng

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

Em contraste com a calmaria que reina em quase toda a China, o vilarejo de Paifang (sudeste) teve de recorrer à polícia para manter a ordem na casa em que nasceu Deng Xiaoping. Uma pequena multidão, com muitas pessoas chorando, tomou conta do local, hoje transformado em museu.
A casa recebe por dia cerca de cem visitantes, mas, anteontem, 3.000 pessoas passaram pelo local, disse um funcionário do museu à agência de notícias "Reuter".
"Há muita gente chorando, alguns deles são jovens, mas os velhos são maioria", afirmou o funcionário.
A direção do museu pediu proteção policial. Mas não foram registrados incidentes.
Visitantes se ajoelhavam ou se curvavam diante de uma foto de Deng Xiaoping que foi colocada na entrada da casa. Muitas pessoas levavam uma faixa preta no braço, em sinal de luto, afirmou um funcionário do museu à agência de notícias "Reuter".
"Táxis, lojas, hotéis e aqueles que vieram a Guang'an (distrito no qual fica a casa de Deng) para negócios ou turismo exibem flores brancas para externar sua profunda tristeza pela morte de Deng", afirmou a agência de notícias "China News Service".
Paifang fica na Província de Sichuan. A região é famosa por sua culinária apimentada, e Deng Xiaoping era um apreciador da comida local. Em Pequim, ele costumava frequentar restaurantes de comida de Sichuan.
(JS)

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