São Paulo, terça-feira, 25 de fevereiro de 1997
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Caso é o primeiro deste ano

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

A morte do estudante Maurício Martins Ferreira é o primeiro caso em que guardas-civis metropolitanos são acusados de matar em serviço neste ano.
Desde a criação da Romu (Rondas Municipais), em 22 de dezembro de 1993, o caso mais grave havia ocorrido em 30 de maio de 1995, no Itaim Paulista (zona leste de São Paulo)
Naquele dia, dois guardas foram presos em flagrante sob a acusação de matar dois policiais militares após confundi-los com assaltantes. As vítimas foram os soldados Herbert Godoi, 26, e Elias Bezerra da Costa, 34.
Os guardas foram presos. Um ano antes, dois guardas foram acusados de matar um motoqueiro em Taboão da Serra (Grande SP), que havia fugido de uma blitz feita pelos GCMs porque estava sem a carteira de habilitação.
Em 15 de junho 1995, o comando da GCM determinou que os guardas-civis evitassem casos como esses dois. Os guardas deixariam de abordar pessoas nas ruas e em bares pedindo identificação.
Conflito com a PM
O objetivo era evitar confrontos com a PM, que acusava a GCM de usurpação de função. A guarda passou a tomar conta só dos imóveis municipais e a agir apenas quando se deparasse, ocasionalmente, com alguma ocorrência policial.
Mesmo assim, em 10 de outubro de 1995, a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, uma tropa de elite da PM) matou dois guardas que estariam espancando três adolescentes suspeitos de roubo.
O posto da GCM no Grajaú (zona sul de São Paulo) foi criado a pedido dos moradores da região, que encaminharam abaixo-assinado à prefeitura devido ao aumento da criminalidade -especialmente assaltos- na área.
(MG)

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