São Paulo, quinta-feira, 27 de fevereiro de 1997 |
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Perfil e Negocial usaram 'fantasmas'
SILVANA QUAGLIO
A SMJT Assessoria Empresarial, por exemplo, é uma empresa fantasma, registrada no nome de dois funcionários da Itapuã, uma empresa de mão-de-obra temporária, pela qual passaram quase R$ 5 milhões no esquema da Negocial. A Negocial e a Perfil foram liquidadas pelo Banco Central na semana passada por graves irregularidades na negociação de títulos. O dono da Itapuã é Vanderley Navarro Garcia. Já estiveram registradas no seu nome outras três empresas que também foram utilizadas para "lavar" o dinheiro dos títulos negociados pela corretoras. Pelas quatro empresas passaram cerca de R$ 20 milhões no esquema da Negocial. Fantasma O SM da sigla SMJT vem dos dois primeiros nomes de Sergio Mounib Derneka e o JT de José Tércio França. Os dois são, ou pelo menos foram até recentemente, funcionários de Garcia na Itapuã. Derneka e França abriram a empresa em maio de 95. O endereço é o da casa do pai de Derneka, Mounib Derneka, na Lapa. O pai de Sergio disse ontem à Folha que ficou surpreso e desorientado ao ver o nome do filho citado pela CPI. "Ele foi usado como 'laranja', acredita muito nas pessoas", disse o pai de Sergio Derneka. No esquema da Negocial, R$ 2,24 milhões passaram pela SMJT. No da Perfil, o volume foi de R$ 12,6 milhões com títulos de Alagoas e de Pernambuco. Em julho de 96, a SMJT mudou de mãos. Passou para outros dois supostos "laranjas": Antonio Alves da Silva e Antonio Noel Ferreira. A Folha não conseguiu localizá-los ontem. Texto Anterior: IBF também operou com títulos federais Próximo Texto: AL, PE e SC pagam R$ 72 mi Índice |
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