São Paulo, sábado, 1 de março de 1997
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Metrópoles deixam de atrair

DA REPORTAGEM LOCAL

A falta de atratividade das metrópoles é a explicação de geógrafos para o baixo crescimento populacional de São Paulo.
Segundo o IBGE, a cidade teve um crescimento populacional de 0,3%; o Estado, 1,5%.
"Desde os anos 80 as metrópoles se tornaram sinônimos de violência, poucas condições de trabalho e de moradia. As pessoas de classes média e alta procuram qualidade de vida no interior ou em condomínios distantes. Os mais humildes pedem para seus familiares não migrarem para São Paulo, por exemplo", disse a professora do departamento de geografia da USP Amália Inês Geraiges.
"As antigas metrópoles exigem mão-de-obra especializada. A população acostumada a migrar não possui especialização, por isso, não encontram mais espaço nos grandes centros", completou.
Segundo ela, o crescimento de 0,3% em São Paulo é vegetativo (diferença entre nascidos e mortos) e não representa a escassez do mecanismo migratório
"O Brasil vive hoje uma redistribuição de metrópoles. Hoje, devido a desconcentração da indústria, há o surgimento de novos pólos populacionais", afirmou o geógrafo da USP Milton Santos.
O urbanista Cândido Malta Campos Filho explica a "explosão" demográfica de Palmas (TO) por ser uma capital nova "que atrai investimentos e, consequentemente a população".

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