São Paulo, sábado, 1 de março de 1997 |
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Erros dos clubes afastam empresas
MARCELO DAMATO
Na Europa, os clubes usam a venda de produtos licenciados tanto como fonte de renda como para aproximar torcedores -quem compra produtos de um clube tem mais motivos para torcer pelo seu sucesso. Os grandes clubes europeus têm catálogos de produtos de boa qualidade. Além dos uniformes esportivos, vendem-se todos os tipos de peças de vestuário (de ternos a sapatos), roupas de cama, mesa e banho, cosméticos, objetos pessoais e domésticos. No Brasil, os clubes investem pouco nessa área e, quando o fazem, erram muitas vezes. O motivo mais comum é que eles normalmente fecham acordos pensando só no lado financeiro, desprezando o desgaste da própria imagem -e mesmo assim o recebimento de royalties é pífio. Um exemplo disso é que muitas vezes os clubes se associam com as mesmas empresas -como engarrafadoras de água, um fabricante de lençol e uma vinícola. O caso da vinícola é o mais expressivo. Ela vende o mesmo vinho (tinto ou branco) com 12 rótulos de times diferentes. Outro erro dos brasileiros é fechar contratos com empresas sem tradição no mercado. Por isso, vários clubes acumularam prejuízos e processos ao entrar em atividades como bingos e cessão da marca para empresas franqueadoras -um exemplo foi o caso das escolinhas do São Paulo. O efeito disso é que no Brasil um produto ou serviço com o logotipo de clube ainda mais afasta do que atrai o consumidor qualificado. (MD) Texto Anterior: Times do Rio têm crise de patrocínio Próximo Texto: Nelsinho; Márcio Aranha; Seraphim del Grande; Cléber Índice |
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