São Paulo, domingo, 2 de março de 1997 |
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CNT lança concorrente de 'Chaves'
ELAINE GUERINI
"Chespirito", atualmente em fase de dublagem, conta com o mesmo elenco de "Chaves", série que rende à emissora de Silvio Santos uma média de 10 pontos de audiência na faixa das 13h (cada ponto equivale a 80 mil telespectadores na Grande São Paulo). Em menos de um mês, a CNT pretende colocar no ar o humorístico estrelado por Roberto Gomes Bolaños no período noturno. "Como o SBT sempre obteve boa audiência importando produtos mexicanos, nós resolvemos investir", afirma Flávio Martinez, 45, vice-presidente de operações da CNT. Martinez está satisfeito com a média de 2 pontos que o recém-estreado bloco mexicano de cinco novelas tem alcançado na emissora entre 17h e 23h ("Alcançar uma Estrela", "Prisioneira do Amor", "Simplesmente Maria", "Coração Selvagem" e "Império de Cristal"). "O processo é lento, já que não tínhamos tradição nesse setor. Mas, quando o público tomar consciência de todas as nossas opções, a audiência deve aumentar", afirma o vice-presidente. Contra-ataque Uma das possibilidade de contra-ataque do SBT seria a co-produção com a Telefe, a principal rede de TV da Argentina. Silvio Santos viajou no mês passado a Buenos Aires, onde teria feito contatos com a emissora local. Procurado por três dias, Luciano Callegari, superintendente artístico e operacional do SBT, não atendeu a reportagem. Segundo departamento de divulgação da emissora, Silvio Santos teria comprado os direitos de "Pérola Negra", um texto argentino. A proposta seria produzir novelas mais baratas -com elenco reduzido e 90 capítulos, no máximo. Depois de exibir "Marimar", que atingiu a média mensal de 15 pontos e, em algumas ocasiões, se aproximou da audiência do "Jornal Nacional", o SBT leva ao ar atualmente "Maria do Bairro", mais uma novela estrelada por Thalia. Já a Record pretende disputar os fãs de produtos mexicanos com tramas locais. "Estamos dando o tom típico de dramalhões latinos ao nosso pacote de minisséries. Nossas produções são acessíveis e têm enredo centralizado", conta Eduardo Lafon, 48, diretor de programação e operações da Record. Segundo ele, o dramalhão é a única arma para superar a plástica do padrão global de novelas. "As classes média e baixa gostam de acompanhar histórias sofridas de fácil entendimento." (EG) Texto Anterior: Suzana Vieira elogia tramas Próximo Texto: Rede Record adota padrão trash em 'Filha do Demônio' Índice |
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