São Paulo, quarta-feira, 5 de março de 1997
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Construtora contesta laudo sobre explosão

Defesa apresenta petição

DA REPORTAGEM LOCAL

A Wysling Gomes, construtora do Osasco Plaza Shopping, apresentou anteontem sua primeira defesa à Justiça de Osasco (Grande SP), questionando o laudo pericial feito pela Polícia Civil sobre a explosão ocorrida no shopping em junho de 96.
Na explosão, causada um vazamento de gás, morreram 42 pessoas. Outras 467 ficaram feridas.
A petição, apresentada à 2ª Vara Criminal de Osasco, só deve ser analisada a partir do dia 13, quando deve ser definido o novo juiz titular da vara, hoje vaga.
Em seu recurso, o advogado Cid Vieira de Souza, que representa a construtora, se refere ao laudo como "imprestável e tendencioso", e diz haver "pontos falhos e vulneráveis" no documento. As falhas, segundo ele, comprometem a denúncia oferecida pela Promotoria.
Os quesitos são em sua maioria técnicos, dados que, segundo o advogado da Wysling Gomes, deveriam estar no laudo e não estão.
O laudo, elaborado pelo IC (Instituto de Criminalística) de Osasco, foi concluído em 26 de julho.
Laudo
As principais falhas apontadas no laudo foram o fato de a tubulação responsável pela explosão ter sido construída em um vão fechado, sob o piso do shopping.
A localização da tubulação dificultava ações preventivas. Esse ponto do laudo transformou-se em uma das principais alegações dos advogados de defesa da administração do shopping, que alega que não podia tomar atitudes por falta de acesso ao local.
Outra falha apontada pelo IC foi a utilização, na tubulação de gás, de conexões com dimensões diferentes. A não-vedação exata, causada pela incompatibilidade das conexões da tubulação, teria permitido ao gás escapar.

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