São Paulo, quarta-feira, 5 de março de 1997
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Garoto é morto em frente a escola

FÁBIO ZANINI
DA AGÊNCIA FOLHA, NO ABCD

O estudante Ronílson Alves dos Santos, 16, foi morto a tiros anteontem à noite em frente ao colégio onde estudava, no Jardim Laura, periferia de São Bernardo (Grande São Paulo).
O principal suspeito de ser o mandante do assassinato é um colega de Ronílson identificado apenas como R., que teria cometido o crime por causa de ciúme da ex-namorada.
Segundo o testemunho de Milene Alves dos Santos, irmã de Ronílson e até agora a única testemunha do assassinato, o autor dos disparos foi outro garoto, conhecido como T., que teria agido a pedido de R..
Milene afirmou que tanto Roque como T. têm entre 17 e 18 anos de idade.
Romance
"Tudo indica que a causa do assassinato tenha sido um romance que Ronílson teria tido, durante o Carnaval, com uma garota chamada C., ex-namorada de R.", afirmou o delegado Wagner Lombisani, do 3º Distrito Policial de São Bernardo.
O crime ocorreu por volta das 22h15, quando Ronílson e Milene saíam do colégio Domingos Peixoto para ir para casa.
Quando Ronílson chegou perto, o suposto assassino teria feito dois disparos, que não o acertaram.
"Ronílson saiu correndo, mas, após alguns metros, foi atingido e caiu", afirmou o delegado.
T. teria chegado próximo ao corpo e dado mais dois tiros, fugindo em seguida. O estudante morreu na hora. O enterro ocorreu ontem à tarde no cemitério do Bairro dos Casa, em São Bernardo.
Ameaças
Segundo a irmã do estudante, Ronílson já vinha sendo ameaçado de morte havia algum tempo.
Há cerca de um mês, ele teria sido agredido por R. com uma coronhada (golpe com o cabo de um revólver) também em frente ao colégio onde estudava.
Com medo, Ronílson deixou de ir ao colégio, retomando as aulas somente na semana passada.
"R. e T. são bastante conhecidos no bairro e têm fama de serem perigosos. Esperamos prendê-los em pouco tempo", afirmou Lombisani. Até as 18h30 de ontem, nenhum dos suspeitos havia sido preso pelos policiais.
Uma equipe do 3º DP estava fazendo investigações no local do crime e deveria passar a madrugada procurando pelos acusados do assassinato.

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