São Paulo, quarta-feira, 5 de março de 1997 |
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ONU vê situação preocupante
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS A persistência da crise na Albânia criou ontem uma nova onda de alerta internacional. O secretário-geral da ONU, o ganense Kofi Annan, disse que a situação é alarmante e pediu que Sali Berisha "não use a força de forma injustificada contra uma população legitimamente aflita".A União Européia discute a crise amanhã, mas o Reino Unido já rechaçou uma intervenção da Otan, a aliança militar ocidental. Reação mais preocupada veio de países mais próximos da Albânia. A Bulgária disse que toda a região dos Bálcãs (a península onde estão os dois países) pode ser atingida se houver um conflito mais sério. A chancelaria búlgara pediu a intervenção européia e norte-americana e a assistência de organismos financeiros internacionais. A Grécia, único país da União Européia nos Bálcãs, pediu uma solução política com a participação de todas as correntes políticas albanesas. O ex-chanceler Carolos Papulias demonstrou preocupação pela minoria grega no sul da Albânia (100 mil pessoas). Barcos, um helicóptero e tropas extras foram deslocados para aumentar a vigilância junto à fronteira. Atenas teme uma nova onda migratória semelhante à de 1990, quando milhares de pessoas atravessaram a fronteira a pé. Há cerca de 300 mil albaneses no país, entre legais e ilegais. O Exército da Macedônia, outro país vizinho com grande população albanesa, também está em alerta. Texto Anterior: Albânia admite que não controla o sul Próximo Texto: País é o mais pobre da Europa Índice |
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