São Paulo, quinta-feira, 6 de março de 1997
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Juizes e candidatos

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Roberto Requião tardou, mas voltou-se para o Paraná, como antes fizeram outros membros da CPI com Santa Catarina e São Paulo.
O senador paranaense tanto provocou que Jaime Lerner, no dizer da CBN, "deixou o peculiar estilo sereno".
Gastou adjetivos contra o relator, de "presidiário" a "covarde". Nem foi acusado, mas já responde que Requião "a todo custo quer envolver o Paraná no escândalo".
A passagem mais carregada ouvida do governador, sobre o ex-governador -e possível adversário eleitoral:
- Estava com pijama de presidiário, de condenado, de réu, e deram uma toga para ele ser o juiz do mundo.
Pois o juiz defendia ontem, com o atrevimento conhecido, a convocação dos presidentes de grandes bancos. Entre os citados na cobertura do SBT, o Banestado, do Paraná.
*
Sempre que é acusado de operações lesivas, Celso Pitta, desde a campanha eleitoral, brande um papel do tribunal de contas, dizendo que não.
Ontem a Globo anunciou que a novela vai ter fim:
- Uma perícia vai dizer qual documento está certo.
Já era hora; ou melhor, a hora era antes da eleição.
*
Pela primeira vez, não são petistas os juízes da CPI.
Eduardo Suplicy, que é da comissão, foi ao Onze e Meia e nem tocou no caso. Tratou apenas dos sem-terra.
E Lula reclamou "espaço nos meios de comunicação" para seus questionamentos à venda da Vale, na CBN.
Quanto à CPI, ao escândalo, nem palavra. Nem interesse.

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