São Paulo, quinta-feira, 6 de março de 1997 |
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Vale é avaliada em R$ 10,361 bilhões
VIVALDO DE SOUSA
O governo avaliou a empresa em R$ 10,361 bilhões, dos quais a União detém R$ 5,066 bilhões. A venda será feita em três etapas. O governo espera arrecadar pelo menos R$ 3 bilhões com a venda de 112.492.415 ações no dia 29. Ainda não estão definidas as datas dos outros leilões. Esses R$ 3 bilhões correspondem ao leilão de 45% das ações ordinárias da Vale -aquelas que dão direito a voto. Quem comprar essas ações participará do controle da empresa. A União possui 75,95% das ações ordinárias e 6,31% das ações preferenciais (aquelas sem direito a voto) da Vale, o que totaliza 51,92% do capital social da empresa. No dia 29, cada ação individual será vendida por R$ 26,67. O valor definido pelo governo ficou um pouco acima das avaliações de duas consultorias privadas contratadas -R$ 23,20 e R$ 25,87. Comportamento do mercado O edital de venda da empresa será publicada na edição de hoje do "Diário Oficial" da União. Segundo o ministro Antonio Kandir (Planejamento), o preço fixado corresponde ao comportamento do mercado acionário nos últimos 90 dias. Para que o leilão seja válido, o governo terá que negociar pelo menos 40% das ações ordinárias colocadas à venda. A segunda etapa da privatização será a venda de 4,45% das ações ordinárias e 6,31% das preferenciais para funcionários da empresa, que poderão comprá-las com descontos de 50% ou 60%. O desconto será de 60% se a compra for feita diretamente da empresa. Feita por meio da Valecom, que será criada para administrar a empresa após a privatização, terá desconto de 50%. Os funcionários terão de decidir até 14 de abril como vão participar da privatização da empresa. Eles deverão ficar com 5,11% do capital social e terão direito a representação no conselho de acionistas. A terceira e última etapa de privatização será a oferta pública das ações ordinárias restantes. O governo espera realizar essa venda até outubro deste ano. Controle Mesmo depois que a empresa tiver sido privatizada, o governo terá poder para vetar algumas decisões dos novos administradores, seja na Valecom -por cinco anos- ou na Vale, onde esse poder não tem prazo de vencimento. Nenhum acionista individual da Valecom poderá deter, direta ou indiretamente, participação superior a 45% do capital votante ou do capital total da empresa privatizada nos primeiros cinco anos. Texto Anterior: Comissão aprova projeto que permite só uma reedição de MP Próximo Texto: O que diz o edital Índice |
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