São Paulo, quinta-feira, 6 de março de 1997 |
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Polícia de São Paulo adia o cumprimento do novo decreto
DA REPORTAGEM LOCAL A Polícia Civil de São Paulo vai analisar o decreto sobre doação antes de exigir seu cumprimento, segundo o delegado-assistente do instituto de identificação, Nazareth Kerchichian."Vamos enviar à assistência jurídica para análise. É difícil trabalhar desse jeito. Por enquanto não vamos cumprir o decreto", disse. Até ontem, às 18h, o delegado ainda não havia recebido o texto do decreto federal. Nos postos, o decreto não foi cumprido. Foi assim com o PM Reinaldo Aparecido de Paula, 33, no posto da praça Alfredo Issa para solicitar sua carteira de identidade. A Folha acompanhou a entrega dos documentos. Apesar de Aparecido de Paula ser favorável à doação, em nenhum momento o funcionário que recebeu a documentação perguntou a ele se ele queria doar os órgãos. Pelo decreto, todas as pessoas que requisitarem a primeira carteira ou uma 2ª via, devem manifestar sua intenção a respeito. "Nós seguimos a lei 9.434. Ela diz que quem não for doador, que se manifeste", afirma Geraldo Tadeu de Almeida, delegado supervisor das unidades de identificação. A falta de informação dos policiais refletiu-se na população. "Eu não quero doar não, mas no xerox onde eu fui antes de vir para cá disseram que era para eu dizer que queria, porque senão ia demorar ainda mais a documentação", disse o desenhista Rogério dos Santos, na saída do posto da praça Alfredo Issa. Constrangido, Santos acabou registrado como doador. Texto Anterior: Perguntas e respostas sobre doação Próximo Texto: Vítima de botulismo vai para UTI do Einstein Índice |
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