São Paulo, quinta-feira, 6 de março de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Detenções caem na Operação Jardins

DA REPORTAGEM LOCAL

No período da manhã do primeiro dia da Operação Jardins, a tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo deteve quase quatro vezes menos pessoas do que no mesmo período do primeiro dia da Operação Centro, em 17 de fevereiro.
A operação teve início ontem nos Jardins e em Pinheiros (zona oeste), com a participação de 300 policiais do Comando de Policiamento de Choque (CPChoq).
A ação corresponde à segunda fase, após a Operação Centro, que durante 15 dias buscou diminuir a criminalidade na região central.
Segundo o CPChoq, até as 18h de ontem, 59 pessoas haviam sido presas em flagrante ou levadas a DPs para averiguação.
No primeiro dia da Operação Centro, o número foi bem maior. No mesmo período, a polícia deteve 213 pessoas. Houve uma queda de 72,3% nas prisões.
As operações tiveram características distintas no primeiro dia.
Enquanto no centro o policiamento era ostensivo, nos Jardins a operação foi mais "intimidativa".
Segundo o CPChoq, o maior objetivo da operação é prevenir assaltos a pedestres e motoristas em cruzamentos, o crime mais comum nos Jardins e em Pinheiros. Para isso, policiais a pé, a cavalo e com cachorros foram colocados nas esquinas mais movimentadas.
"A presença de policiais com cachorros e cavalos intimida e inibe a ação dos criminosos", afirmou o coronel Rui César Melo, chefe do 3º Batalhão do Choque.
Melo admitiu que a polícia abordou menos pessoas na zona oeste do que no centro. "O centro é uma região mais violenta. Aqui há menos suspeitos."
Na região dos bairros de Pinheiros e de Vila Madalena, na zona oeste, a tropa de choque da PM manteve o policiamento de intimidação nos cruzamentos.
Duplas de PMs circularam a pé pelos principais cruzamentos do largo da Batata e entre as avenidas Rebouças, Faria Lima e Henrique Schaumann.
Com o início da Operação Jardins, a tropa de choque se retirou da região central de São Paulo. Um dos efeitos foi o retorno do consumo de crack nas calçadas das ruas general Couto Magalhães, dos Gusmões, do Triunfo e dos Protestantes, todas no bairro da Luz.

Texto Anterior: Polícia do Rio faz a maior apreensão de ecstasy no país
Próximo Texto: Polícia dos EUA procura em rio corpo de brasileiro
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.