São Paulo, sexta-feira, 7 de março de 1997
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Bons companheiros 1; Bons companheiros 2; Pedindo demais à criatura; Ah, bom ; Mudança de alvo; Jogo pesado; Novo inimigo; Público cativo; Sangue novo; A conferir; Pequeno problema; Aliança à vista; Preparando o terreno; Crítica petista; Condição necessária; Reforma do Judiciário

Bons companheiros 1
Malufistas dizem que Pedro Neiva, ex-assessor da coordenação da dívida pública paulistana, era o único funcionário de confiança que Pitta tinha na prefeitura. "Até as secretárias ele herdou de Maluf", conta um deles.

Bons companheiros 2
"Pedro Neiva nunca deixaria Pitta mal", diz um malufista. Neiva saiu da prefeitura paulistana no mesmo dia em que Celso Pitta demitiu Wagner Ramos. Os dois trabalhavam juntos na coordenação da dívida pública.

Pedindo demais à criatura
No PPB, há quem preveja que Maluf está levando Pitta a um rompimento. Razão: a tutela malufista sobre os problemas que o prefeito de São Paulo enfrenta na CPI dos Precatórios. Já basta a tutela na administração.

Ah, bom
A estratégia de defesa de Wagner Ramos, na CPI dos Precatórios e na Justiça, será dizer que o acusado só vendeu uma tecnologia que conhecia. Admitirá que ele fez "pequenas bobagens", como não pagar impostos.

Mudança de alvo
De olho na eleição de 98, tucanos paulistas vão trabalhar para que a CPI dos Precatórios atire em Maluf. Argumentam que o caso paulistano é o único em que os holofotes se concentraram no então secretário, Celso Pitta.

Jogo pesado
A Vale do Rio Doce obteve da Justiça decisão que prevê multa aos dirigentes do MST, caso os sem-terra invadam as sedes brasiliense e carioca da empresa. No Rio, a multa seria de R$ 50 mil por dia. Em Brasília, R$ 5 mil.

Novo inimigo
O MST avalia que o ministro Nelson Jobim (Justiça) aderiu à estratégia linha-dura de Raul Jungmann (Política Fundiária) de isolar o movimento.

Público cativo
Lula reúne-se hoje com dois públicos que teriam, em tese, mais simpatia pela radicalização do discurso petista contra FHC. Às 11h, encontra estudantes de direito da USP. Às 16h, vai a uma passeata do MST em São Paulo.

Sangue novo
O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) deve presidir a Comissão de Orçamento. Renan Calheiros (AL) abriu mão de repetir a experiência.

A conferir
ACM pediu a Ney Suassuna que, este ano, a Comissão do Orçamento cumpra seus prazos.

Pequeno problema
Um pefelista cita a razão pela qual Luís Eduardo Magalhães não cobiça a pasta de Assuntos Políticos: "Quem vai querer um cargo para ficar trombando com o Serjão, que é o verdadeiro articulador político de FHC?".

Aliança à vista
Michel Temer e Mário Covas reúnem-se hoje, às 16h, no Palácio dos Bandeirantes. O presidente da Câmara e o governador tucano devem falar sobre planos para PSDB e PMDB em 1998.

Preparando o terreno
Pedro Simon (PMDB-RS) diz que faz concessões para aprovar sua emenda que transforma o primeiro ano do próximo Congresso em revisor da Constituição. Abriria mão da reforma política embutida no projeto.

Crítica petista
De Ivan Valente (PT-SP), sobre a Vale ter sido avaliada em R$ 10,4 bi: "Até a Salomon Brothers avaliou a Vale em US$ 13,2 bi. Depois de ajudar os bancos com o Proer, o governo está criando o 'Pró-mineradoras"'.

Condição necessária
O projeto de união civil homossexual deve ser votado em plenário no dia 5 de abril. Antes, o PT tenta convencer o PFL.

Reforma do Judiciário
Uma proposta polêmica promete mais barulho no Tribunal de Justiça de São Paulo: a de acabar com os Tribunais de Alçada (são 2 cíveis e 1 criminal) e unificar as câmaras especializadas.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De ACM, sobre o deputado João Leão (PSDB-BA) dizer, após conversar com FHC, que o governo tem a cara do PSDB:
- A cara do governo, se não for a cara do Brasil, está errada. Não pode ter a cara de um partido político, nem mesmo sendo o do presidente da República. Senão, pareceria um fenômeno teratológico: a cara de um, com o braço de outro e o corpo de outro. Isso impediria que amanhã, com ajuda da ciência, quem sabe, se fizesse um clone.

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