São Paulo, sexta-feira, 7 de março de 1997 |
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Science ingeriu psicotrópico, diz IML
FÁBIO GUIBU
A substância, encontrada em medicamentos controlados contra epilepsia, convulsão, calmantes e relaxantes, tem efeito sedativo, mas pode ser usada como entorpecente, principalmente se associada a outros produtos, como o álcool. Segundo o perito responsável pelo laudo, Silvio Rodrigues, não há, porém, como afirmar que o artista estava sob efeito da droga no momento do acidente. Os efeitos dos psicotrópicos, disse, duram no máximo 12 horas, enquanto os resíduos da substância podem permanecer no organismo por até seis dias. O exame, declarou o perito, também não revela se Science ingeriu álcool. "Não pesquisamos porque não foram recolhidas amostras de sangue e urina, que servem de base para esse teste", afirmou. "Precisamos agora descobrir quando o Chico Science tomou o psicotrópico, o motivo e com que frequência ele fazia isso", afirmou o delegado da Polícia Civil que investiga o caso, Paulo Barbosa. Segundo ele, a irmã do cantor, Maria Gorete França, disse que desconhecia qualquer relação do músico com drogas. A mãe do artista, Rita Marques de França, afirmou à Agência Folha que seu filho não tinha problemas de saúde e não tomava remédios, "nem mesmo calmantes". O delegado acredita que o acidente que matou Science foi provocado por erro do próprio cantor. Ele teria feito uma manobra brusca, perdido o controle do veículo e se chocado com um poste. O inquérito que apura a morte de Science deve estar concluído em dez dias. Texto Anterior: Tias falam do passado e fantasia Próximo Texto: Festival importa sabores do Amazonas Índice |
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