São Paulo, sexta-feira, 7 de março de 1997 |
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'Mestre' traz cavalo-marinho
LUIZ ANTÔNIO RYFF
É um show que mostra as tradições regionais nordestinas, como o cavalo-marinho. "O cavalo-marinho é uma variante do bumba-meu-boi. Uma brincadeira de rua da Zona da Mata do norte de Pernambuco", explica Hélder Vasconcelos, que é dançarino do grupo, toca fole mineiro, pratos e faz os vocais. O Mestre Ambrósio utiliza os componentes teatrais desses festejos populares. Hélder, por exemplo, incorpora dois personagens do cavalo-marinho. Também há declamação de poesia e danças regionais. Mesmo assim, Hélder promete que o Mestre Ambrósio faz um espetáculo dançante. "Vai ser um show inesquecível", promete. A música do grupo preserva as tradições de ritmos nordestinos, mas, vez por outra, há alguma subversão. Como em "Se Zé Limeira Sambasse Maracatu", com percussão de maracatu rural, baixo e guitarra distorcida. A banda deve mostrar novas músicas, como "Fuá na Casa do Cabral". "É nossa tese de doutorado para o descobrimento do Brasil", explica Hélder. Mangue beat Apesar de identificados com o mangue beat, o Mestre Ambrósio não tem a muito a ver com o movimento como o Mundo Livre S/A e Chico Science e Nação Zumbi. O Mestre Ambrósio é mais apegado às tradições nordestinas e não tem a mesma preocupação com cibernética, por exemplo. "Conhecemos eles depois que tinham gravado. Mas como eles fizeram sucesso, tudo o que apareceu depois acaba sendo chamado de mangue beat. Não há nenhum problema nisso. Mas o que existe hoje é uma grande variedade de música", diz Hélder. (LAR) Texto Anterior: Mundo Livre mostra 'manguefonia' em SP Próximo Texto: "Hype!" toca nas telas o som de Seattle Índice |
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