São Paulo, sábado, 8 de março de 1997
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Vereador pede desarquivamento de ação sobre túnel desabado

RICARDO FELTRIN
DA REPORTAGEM LOCAL

O vereador Adriano Diogo (PT) vai pedir o desarquivamento de ação no Ministério Público que investigou as causas do desabamento do túnel Tribunal de Justiça (zona sul), em novembro de 1993.
O TCM (Tribunal de Contas do Município) determinou que a prefeitura cobre cerca de R$ 18 milhões das empreiteiras CBPO e Constran, que fizeram o túnel.
Diogo contesta o valor de R$ 18 milhões a ser devolvido pelas empresas à prefeitura, como ressarcimento do prejuízo causado ao município desabamento.
Para ele, o valor correto superaria R$ 100 milhões.
A CBPO e a Constran foram responsabilizadas pelo acidente, que, além de inundar o túnel que estava em construção, também deixou 500 mil pessoas sem água e luz por oito horas.
A CBPO informou que só vai se manifestar sobre a decisão do TCM depois que for informada oficialmente. A Constran não se manifestou sobre o assunto.
A Folha apurou que a causa do desabamento foi um erro de execução. Segundo o projeto, as empresas deveriam escavar os túneis em trechos de quatro metros -quando então deveriam ser "escorados".
No dia anterior ao desabamento, havia uma escavação de 12 metros, sem qualquer suporte.
Foi isso que provocou o rompimento de galeria do córrego do Sapateiro.
Tais informações não constam no laudo técnico preparado, a pedido da prefeitura, sobre as causas do acidente.
O laudo mencionava "a existência de um poço, desconhecido", como possível causa do acidente.
Tal poço, na verdade, nunca existiu. O laudo não mencionou a verdadeira causa do desabamento.

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