São Paulo, sábado, 8 de março de 1997
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Rio perde para seus próprios defeitos

LUIZ CAVERSAN
DIRETOR DA SUCURSAL DO RIO

Em que pesem todas as vantagens apresentadas pelas cinco cidades pré-selecionadas para abrigar os Jogos de 2004 e as injunções políticas que as favoreceram, uma coisa é certa: o Rio de Janeiro sucumbiu aos seus próprios defeitos.
Defeitos que já tinham sido devidamente alinhados no relatório prévio elaborado pela comissão do COI (Comitê Olímpico Internacional) que visitou a cidade em novembro do ano passado.
São problemas crônicos da cidade, mais que conhecidos pelos que aqui vivem e que precisariam ser solucionados em seis anos.
Governos (federal, estadual e municipal), empresas, personalidades, políticos e até a população, que foi em massa às ruas, garantiram que isso iria acontecer. Ou seja, que as águas da baía seriam limpas, os telefones funcionariam, o transporte seria viabilizado e a violência, eliminada.
Mas o COI não acreditou. Falhou a estratégia do comitê brasileiro de apresentar a escolha do Rio como a panacéia para todos esses males (conheça abaixo detalhes dos problemas apontados pelo COI). Era preciso mais que boas intenções.
Agora, resta a possibilidade, já aventada pelo próprio comitê brasileiro, dos Jogos de 2008.
Mas permanece a necessidade de o combate aos problemas crônicos da cidade ocorrer de maneira verdadeiramente efetiva.
Para que o sonho da Olimpíada, adiado para daqui a dez anos, não naufrague mais uma vez.

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