São Paulo, sábado, 8 de março de 1997 |
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O CIGANO "Dar nó aprendeu com um jovem pintor cigano, que lhe ensinou e mostrou muitas outras coisas. O seu lado feminino, por exemplo. Ambos não se largavam. Onde um ia o outro seguia atrás. Exploraram as cavernas da montanha Santa Barbara. (...) Tomaram banho de cachoeira. (...) O pacto de sangue que selaram, cortando os pulsos com o afiado punhal do cigano, (...) não deixava lugar para mais ninguém. O cigano, embora mais jovem que Picasso, (...) sabia que o relacionamento fora das cavernas era impossível. Disse-lhe que o amava, mas que tinha de ir embora. (...) Picasso não viu o cigano partir. No meio da noite, percebeu que estava só. Nenhuma das mulheres que passaram por seus lençóis conseguiu acabar com essa solidão. O nó que o cigano lhe deu nunca foi desfeito." Trecho do livro "Na Cama com Picasso" Texto Anterior: Livro visita a alcova de Pablo Picasso Próximo Texto: As mulheres do minotauro (pelos olhos de "Na Cama com Picasso") Índice |
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