São Paulo, sábado, 8 de março de 1997
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Retirada da Cisjordânia irrita palestinos e direita de Israel

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, foi criticado ontem por setores da direita israelense e pelos palestinos por causa da decisão de estender a retirada de tropas da Cisjordânia.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) considerou a retirada de 9% do território insuficiente. Os palestinos também reclamaram que não foram consultados antes de a decisão ser tomada, o que violaria os acordos de paz.
Setores à direita na coalizão que sustenta o governo de Netanyahu ameaçaram deixar de apoiá-lo por causa da cessão de terras consideradas sagradas aos palestinos.
Netanyahu fez ameaça velada de buscar novos parceiros, mais moderados, para sua coalizão.
A retirada foi aprovada, durante uma reunião do gabinete israelense que se estendeu até a madrugada de ontem, por uma estreita margem de 10 votos a 7.
Segundo a decisão, Israel entregará ao controle palestino 2% de território da Cisjordânia que controla totalmente, mais 7% cujo controle é compartilhado com a ANP. Até agora, Israel entregou 3% da Cisjordânia aos palestinos.
ONU
Os EUA usaram ontem seu poder de veto para impedir que o Conselho de Segurança da ONU adotasse resolução condenando a decisão de Israel de construir colônias em Jerusalém leste.
Os palestinos pediram uma Assembléia Geral do órgão.
Ontem, milhares de palestinos e militantes de esquerda israelenses fizeram uma manifestação contra a construção das colônias nas colinas de Jabal Abu Ghneim (chamada Har Homa pelos judeus).

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