São Paulo, domingo, 9 de março de 1997
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Cabeça a prêmio; Degola combinada; Areia no ventilador; Tática de preservação; Grande tentação; Exigência vip; Fechando os olhos; Tucano malufista; Pecando por excesso; Saco sem fundo; Discussão desfocada; Proposta polêmica; Correndo atrás; Olho do dono; Alto nível; Colunista

Cabeça a prêmio
Uma expressiva parcela do PMDB trabalha para que Paulo Afonso renuncie ao governo catarinense. Um dirigente estadual já foi ao Planalto defender esta saída diante da acusação de emissão irregular de títulos.

Degola combinada
A ala do PMDB que articula a renúncia de Paulo Afonso defende que a decisão seja tomada antes de a Assembléia iniciar o processo de impeachment. Para que o vice, José Augusto Hulze, receba uma trégua do PPB e do PFL.

Areia no ventilador
Os líderes no Senado têm recebido denúncias anônimas sobre bancos e instituições envolvidas no escândalo dos precatórios. Pela linguagem e conhecimento técnico demonstrados, a origem só pode ser uma: Banco Central.

Tática de preservação
A CPI dos Precatórios já emperra a administração Pitta. O prefeito de São Paulo congelou um conflito com vereadores em torno das administrações regionais. Quer evitar briga. Ainda mais se houver CPI municipal.

Grande tentação
Divaldo Suruagy (PSDB-AL), enrolado com a CPI dos Precatórios, depende do vice-governador, Manoel Gomes, para continuar no cargo. É ele quem controla votos valiosos na Assembléia no caso de impeachment.

Exigência vip
A Febraban vai procurar os líderes partidários no Senado para conversar sobre a convocação dos executivos dos grandes bancos pela CPI dos Precatórios.

Fechando os olhos
O governador Miguel Arraes (PSB-PE) tem a situação mais confortável na luta contra eventual impeachment por irregularidades na emissão de títulos. Razão: simpatia da esquerda e de setores próximos a FHC.

Tucano malufista
O vereador paulistano Turco Loco (PSDB) sumiu. A instalação de uma CPI contra Pitta na Câmara Municipal depende apenas de sua assinatura.

Pecando por excesso
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), criará uma comissão para unificar leis repetidas. "Enxugar e uniformizar várias leis em um único diploma é uma forma de facilitar o acesso à Justiça", afirma.

Saco sem fundo
O saldo de R$ 333 mi da Previdência em 96 poderia ser de R$ 6,9 bi, diz documento obtido por Arnaldo Faria de Sá. O INSS pagou R$ 9,7 bi de benefícios de responsabilidade da União. O Tesouro só deu R$ 3,1 bi.

Discussão desfocada
Para Arnaldo Faria de Sá (PPB-SP), o balanço de 96 comprovaria que "a reforma da Previdência não precisa ser feita no INSS, mas no setor público".

Proposta polêmica
O projeto de lei sobre patentes de softwares que Roberto Requião (PMDB-PR) apresenta terça-feira no Senado reduz de 50 para 20 anos a vigência do direito autoral dos fabricantes. E exige 5 anos de garantia.

Correndo atrás
O PT tenta retomar a liderança pela reforma agrária porque acha que este é o ponto mais fraco de FHC. A pregação contra o desemprego não está colando.

Olho do dono
O Planalto demonstra certa preocupação em relação à promessa, feita pelo PMDB, de não modificar a emenda da reeleição no Senado. Desconfia que o tema da desincompatibilização possa voltar com força.

Alto nível
Briga boa é a de PFL e PSDB no Pará. O vice Hélio Gueiros acusou o governador tucano Almir Gabriel de "fraco, pífio e ridículo". Aliados de Almir responderam que Hélio engravidou uma babá e não assumiu a criança.

Colunista
O economista e senador José Serra (PSDB-SP) volta a ser colunista da Folha. Escreverá às segundas-feiras, a partir de amanhã, na coluna que vinha sendo feita pelo antropólogo e também senador Darcy Ribeiro.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Esperidião Amin (PPB-SC), sobre alguns senadores acharem perigoso para o sistema financeiro chamar o banqueiro Lázaro Brandão (Bradesco) para falar na CPI dos Precatórios:
- Perigoso é ele não poder depor. Aí, o país e o sistema financeiro estariam liquidados.

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