São Paulo, domingo, 9 de março de 1997
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Rio Guaíba tem praias despoluídas

LÉO GERCHMANN
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O rio Guaíba, de Porto Alegre (RS), começou a se tornar balneável pela zonal sul do município, antes mesmo de ser liberada a primeira remessa do dinheiro a ser investido pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
A praia de Lami é própria para banho desde 92. Em dois anos, a prefeitura quer o mesmo resultado em Belém Novo e Ipanema.
O rio Guaíba é um lago de grande extensão, com 496 km de superfície, no qual deságuam os rios Jacuí (84,6% da quantidade de água), dos Sinos (7,5%), Caí (5,2%) e Gravataí (2,7%).
A bacia hidrográfica do Guaíba abrange 30% do território gaúcho. O projeto municipal tem o nome de Guaíba Vive. O projeto estadual tem o nome de Pró-Guaíba.
As praias do Lami, Belém Novo e Ipanema se localizam no extremo sul da capital gaúcha, longe dos deltas dos rios. Isso permitiu que o problema fosse resolvido com tratamento de esgotos, pois há maior volume de água no local.
Pelo projeto Pró-Guaíba, o BID enviou R$ 132,2 milhões para a primeira das quatro etapas no tratamento da bacia hidrográfica do Guaíba -o governo do Estado entrou com US$ 88,2 milhões.
A expectativa é de que o BID envie 60% do valor para despoluir a bacia do Guaíba: US$ 1 bilhão. Serão atingidos 240 municípios.
A primeira etapa já se iniciou: é o tratamento dos esgotos nos municípios de Cachoeirinha e Gravataí e na região metropolitana, ao norte de Porto Alegre.
O coordenador do Pró-Guaíba, Luís Noronha, disse que o projeto gaúcho é diferente. "Fazemos obras de saneamento e adaptação das indústrias a um tratamento ecológico", disse ele.
O coordenador do Guaíba Vive, Renato Ferreira, diz ser possível tratar de forma mais adequada os esgotos do centro de Porto Alegre.

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