São Paulo, domingo, 9 de março de 1997
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Entidade ainda não adota as aplicações

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Farid Hakme, disse que a entidade ainda não tem uma posição fechada sobre as aplicações da toxina botulínica para combater as rugas.
"A sociedade não aprova nem desaprova essa técnica, mas não a indica", disse Hakme, 58. Ainda não foi elaborado um protocolo científico para regular o uso dessas injeções na cirurgia plástica. Por isso, a sociedade não a recomenda.
Segundo o cirurgião, ainda é pequeno o número de médicos no Brasil que aplicam essas injeções em pacientes. Hakme admitiu que o resultado da nova técnica é bom. Mas alerta para a necessidade de fazer novas aplicações a cada quatro ou seis meses, a fim de manter a pele lisa.
O maior risco é a substância injetada sair do lugar e provocar algum efeito indesejável, como uma pálpebra caída.
Ou ainda, essas injeções, de fácil aplicação, ser usadas por leigos ou profissionais despreparados. "Alguém pode até ficar com uma pálpebra caída ou até cego se for atendido por um mau profissional", afirmou Hakme.
Para o cirurgião plástico Charles Yamaguchi, outro defensor do uso da toxina em sua especialidade médica, a posição oficial da da Sociedade brasileira de cirurgia Plástica, da qual é membro, é muito tradicionalista. "A entidade ainda acha que só se combate rugas com operação plástica", afirmou Yamaguchi.

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