São Paulo, sexta-feira, 14 de março de 1997 |
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Eurico Miranda critica apuração
MÁRIO MAGALHÃES; MÁRIO MOREIRA
Recibos do Flamengo obtidos pelos jornal indicam o pagamento de até R$ 25 mil mensais pelo clube a jogadores e técnico. A reportagem, publicada ontem, mostra como seria feito o pagamento da remuneração da equipe, com uma parte em salário e outra em ajuda de custo. "Eu não sei por que vocês têm interesse nisso", afirmou o dirigente vascaíno. "Eu quero saber o que isso acrescenta. Grandes coisas vocês vão conseguir descobrindo que um determinado clube pagou uma complementação por fora." "Não vejo aonde isso quer chegar. É como se isso fosse crime, alguma apropriação pessoal. Não vejo nenhuma irregularidade nesse tipo de compromisso", disse Miranda. O deputado comparou as ajudas de custo com o que ocorreria no futebol europeu. "Se chegar na Espanha, eles fazem um contrato de uso da imagem que é para não ter a incidência de imposto. De repente, o clube, por não conseguir acertar o contrato com o jogador, consegue fazendo isso." Rival do Flamengo no Rio, Miranda é o principal defensor dos interesses dos grandes clubes brasileiros no Congresso. Ricardo Teixeira O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, opinou sobre a operação que a Receita Federal prepara para investigar suposta sonegação fiscal de jogadores e clubes do Rio. Para a Receita, há incompatibilidade entre o padrão de vida de jogadores e o rendimento que eles declararam ao Fisco. "Quem deve, paga. Quem não deve, não paga. Os clubes, como as empresas que devem, têm que pagar. A CBF não deve um tostão à Receita Federal", afirmou ontem Teixeira. (MM e MMo) Texto Anterior: Caixinha tem conta, diz Sérgio Próximo Texto: Entenda o caso Índice |
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