São Paulo, sexta-feira, 14 de março de 1997 |
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EUA negam que míssil causou acidente
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
O jornalista Pierre Salinger, assessor de imprensa do presidente John Kennedy entre 1961 e 1963, apresentou documento de 69 páginas e fotos das imagens de radar que, segundo ele, confirmam a teoria do míssil no caso TWA 800. Uma cópia da fita usada por Salinger foi confiscada pelo FBI do piloto aposentado Richard Russell, que a detinha. A polícia federal ameaça processar um policial aposentado que obteve de maneira ilegal uma amostra do tecido das poltronas do Jumbo que fazia o vôo Nova York-Paris. A mulher do policial, James Sanders, é funcionária da TWA e conseguiu entrar no hangar onde o avião explodido está sendo remontado pelos investigadores e retirar um pedaço do pano de uma das cadeiras. Salinger e mais dois jornalistas americanos assinam reportagem sobre o vôo TWA 800 que apareceu na edição desta semana da revista francesa "Paris-Match". Na reportagem, Salinger diz que testemunhas que monitoravam frequências de rádio da Marinha dos EUA na noite da explosão afirmam ter ouvido um homem dizendo: "Oh não! Meu Deus! Eu acabei de atingir aquele avião". Salinger ainda afirma ter recebido o depoimento anônimo de uma pessoa dizendo que o filho dela trabalha na Marinha e lhe confessara ter participado do grupo que disparou o míssil responsável pela explosão do TWA 800. A polícia federal descartou a versão de Salinger como "irresponsável". O jornalista disse que ele e seus colegas trabalharam com dez especialistas em acidentes aéreos nas investigações que resultaram no texto para a revista. Após ter trabalhado com Kennedy, Salinger foi correspondente da TV ABC na Europa por 30 anos. Ele está aposentado e vive em Paris. Texto Anterior: Helicópteros retiram americanos Próximo Texto: Câmara dos EUA dá ultimato ao México Índice |
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