São Paulo, sexta-feira, 14 de março de 1997
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Agente financeiro; Velhinha de Taubaté; Colaboração; Independência; Jô Soares; Capachos; Estímulo à desordem; Corredor da morte

Agente financeiro
"A propósito de reportagem publicada na edição de 13/3, com o título 'Fazendeiros acusam BB de financiar MST', informamos que o Banco do Brasil é o agente financeiro do Programa Especial de Crédito para a Reforma Agrária (Procera), concedendo créditos aos colonos assentados pelo órgão nacional responsável pela reforma agrária.
Como agente financeiro, o Banco do Brasil cumpre normas estabelecidas pelo Incra.
São as comissões estaduais do Procera, das quais o BB faz parte, que indicam e autorizam as operações a serem contratadas com colonos ou cooperativas de produtores assentados.
Garantias hipotecárias não são exigidas no âmbito do Procera, pois durante o período em que o financiamento acontece os imóveis permanecem em nome do Incra.
Os encargos do programa são estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional."
João José Forni, coordenador de Comunicação Institucional do Banco do Brasil (Brasília, DF)

Velhinha de Taubaté
"A propósito da recente lembrança da velhinha de Taubaté pelo senador José Serra, gostaria de destacar que a velhinha, minha conterrânea, acredita que, de todos os empresários e políticos que participaram do convívio com PC Farias, somente o próprio estava envolvido com a máfia e outras falcatruas.
Por isso o mistério sobre sua morte será desvendado totalmente num brevíssimo espaço de tempo."
Amadeu Peloggia Filho (Taubaté, SP)

Colaboração
"Gostaríamos de parabenizar a Folha pela reportagem de autoria de Esther Hamburger sobre a biblioteca montada por um estudante para atender a comunidade da favela de Paraisópolis (10/2).
A iniciativa de Claudemir Cabral, com seus 16 anos, é de uma importância ímpar, tendo em vista que na sociedade brasileira muitos adultos ainda têm desprezo pelos livros e pelas bibliotecas.
Manifestamos nossa disposição de colaborar com a iniciativa, indicando profissionais habilitados para organizar o acervo em crescimento.
Para isso propomos a empresas e organizações o desenvolvimento de um projeto conjunto com o Sindicato dos Bibliotecários que possibilite a estruturação e ampliação da biblioteca de Claudemir."
Vera Stefanov, presidente do SinBiesp -Sindicato dos Bibliotecários no Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Independência
"A AEC (Associação dos Empregados da Cesp e da Fundação Cesp) cumprimenta a Folha por sua independência e coragem ao publicar a reportagem 'Governo favorece empresa de presidente da Cesp', de autoria do jornalista Marcio Aith, que repercutiu intensamente entre a família cespeana-fundacespeana.
Com a publicação, o profissional cumpriu com a obrigação maior do jornalista: informar a opinião pública."
José Bitelli Neto, diretor da Associação dos Empregados da Cesp e Fundação Cesp (São Paulo, SP)
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"Solicitamos que o ombudsman atue junto à Direção de Redação no sentido de orientar seus colaboradores e evitar a publicação de reportagens tendenciosas como a que insinuou a participação do presidente da Cesp em supostas irregularidades praticadas na empresa de sua família.
Como funcionário da empresa, tenho demonstrado minha insatisfação diante do processo de privatização que vem sendo conduzido sem a participação mais efetiva dos diversos segmentos da sociedade.
Por outro lado é nosso dever testemunhar o trabalho sério e competente que vem sendo realizado pelo sr. Andrea Matarazzo no sentido de sanear a empresa, vítima de sucessivas bandalheiras nas gestões que o precederam."
José Batista Neto (Presidente Epitácio, SP)
*
"Alguns dias depois de ter recebido a visita, em sua sede, do presidente da Cesp, a Folha, ao publicar a reportagem 'Governo favorece empresa de presidente da Cesp' (5/3), dá exemplo de liberdade e independência, confirmando o slogan 'de rabo preso com o leitor'.
A propósito da reportagem, cabe realçar que para que o Estado possa servir a todos sem distinção é que os princípios da legalidade, moralidade, publicidade e impessoalidade foram consagrados pela Constituição de 1988.
São princípios pelos quais todo advogado público deve zelar. O profissional que assim age merece solidariedade."
Marcos Ribeiro de Barros, procurador do Estado de São Paulo e coordenador de integração do Instituto Brasileiro de Advocacia Pública (São Paulo, SP)

Jô Soares
"A crítica de Fernando de Barros e Silva no TV Folha de 9/3 tem a minha aprovação, é crítica construtiva.
O sr. Jô Soares está extrapolando, esquecendo e 'atropelando' os seus entrevistados, assim perdendo a 'aura' de credibilidade que foi o sustentáculo do seu programa."
Denize Camargo Pitta (São Paulo, SP)
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"Sobre a crítica de Fernando de Barros e Silva no TV Folha de 9/3: há problemas que nós inventamos. Ou vão começar uma campanha para derrubar o Jô? Perda de tempo!
Ser intelectual no Brasil é nem ver TV, coisa que não ocorre ao autor do texto. Ele a assiste e mal."
Neusa Leon D. Monteiro (São Paulo, SP)

Capachos
"'Cumpri meu papel', declarou Joaquim dos Santos Andrade, o Joaquinzão, a Marco Damiani, na revista 'Manchete'.
Que papel cumpriram Joaquinzão e seus companheiros? Cumpriram o papel de 'capachos' da ditadura militar, traindo a classe operária.
Transformaram os sindicatos em meros instrumentos assistenciais, esvaziando todo o sentido de luta.
A partir deles, os sindicatos passaram a ser órgãos de 'negociação' e de negociatas com o empresariado e com os militares. Calaram-se, covardemente, no assassinato de Santo Dias da Silva na greve de 1979.
Foram os articuladores da divisão da classe, na 2ª Conclat, quando ocorreu a fundação da CUT, por meio da fundação da futura CGT.
Morreu Joaquinzão, mas seus crimes contra os trabalhadores permanecem. Que sua alma descanse."
Waldemar Rossi, membro da Comissão de Justiça e Paz (São Paulo, SP)

Estímulo à desordem
"A imprensa não se cansa de alardear que o momento é favorável aos inquilinos, e com isso o proprietário que se dane.
O inquilino não cumpre as suas obrigações contratuais, como pagar o aluguel em dia, deixar o imóvel em ordem na desocupação do mesmo, ao término do contrato.
E ai do proprietário que cair no risco de reclamar na Justiça. A ação se estende por anos a fio e nada se recebe.
Isso se chama estimular a desordem e fazer social com o chapéu alheio."
Marisa Soares Fleury Martins (São Paulo, SP)

Corredor da morte
"O governo paulista pratica um ato criminoso não liberando verbas para triplicação do trecho da rodovia Raposo Tavares entre Ourinhos e Assis, conhecido como corredor da morte.
Os governantes deste Estado estão contribuindo com mais acidentes (morte) nesse trecho de estrada."
Arlindo Lopes (Assis, SP)

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