São Paulo, domingo, 16 de março de 1997
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Ambientalistas querem ampliar reforma

RICARDO BONALUME NETO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Os ambientalistas reunidos na Rio+5 são uma boa amostra de como esse movimento está cada vez mais ambicioso em todo o mundo. Não é só o "meio ambiente" que interessa a eles. Reformar toda a sociedade industrial e boa parte das práticas agrícolas é o que está na mira desses militantes por trás do seu lema básico -o "desenvolvimento sustentado".
"A Rio+5 é uma oportunidade de colocar de novo a pauta da sustentabilidade", diz a brasileira Katia Drager Maia, do Fórum Brasileiro das Organizações Não-Governamentais.
Isso significa, por exemplo, que os ambientalistas não querem ser interlocutores apenas de órgãos especializados como um Ministério do Meio Ambiente; eles querem ir às instâncias centrais de planejamento do desenvolvimento industrial, agrícola, dos transportes e da energia.
É o caso da discussão em torno da Comissão de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional. "A esplanada é cheia de prédios que não dialogam entre si", diz Drager Maia.
Desenvolvimento sustentável significa basicamente que a humanidade deve procurar utilizar recursos naturais renováveis ou recicláveis.
O petróleo um dia vai acabar; já o álcool de cana-de-açúcar se renova a cada colheita.
Nesse sentido, o ambientalismo é principalmente uma militância moralista -pois acredita-se que os recursos naturais existentes hoje deveriam ser repartidos equitativamente entre os países e também deveriam ser deixados para gerações futuras.
O financiamento desse novo modelo de desenvolvimento não tem atingido os níveis estabelecidos por documentos como a Agenda 21, firmados em 1992 no Rio, segundo relatórios do Banco Mundial comentados na reunião.
Uma das áreas mais vitais é a de geração de energia. Um relato de Christopher Flavin, do Worldwatch Institute, mostrou que uma mudaonstrução Pesada para que esta autonomia seja dada apenas a municípios com população superior a 200 mil habitantes.
O ministro afirmou que o governo não abre mão do princípio, criticado pela CBIC, de que a lei só deve fixar as normas gerais de licitação (e não os regulamentos específicos) para os Estados, empresas estatais e municípios.
Para ele, a União só deve fixar os regulamentos para a administração federal direta, autarquias e fundações."A Constituição é clara sobre isto. Não faz sentido fazer uma lei geral para todo mundo".
(ELVIRA LOBATO)tamb

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