São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 1997
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Operação Marx 1; Operação Marx 2; Não se misturam; Retorno ao estrelato; Munição eleitoral; Saindo de campo; Criando fatos; Novela petista; Desgraça alheia; Apresentando a fatura; Até parece piada; Coronel moderno; A conferir; Dois pesos; Sonho italiano; Caos jurídico; Visita à Folha

Operação Marx 1
A estratégia do PSDB nas eleições parlamentares de 98 é se diferenciar dos partidos aliados. A legenda fala em recuperar a grife social-democrata, sob pena de fiasco. Daí, nascerão mais ações como o manifesto pró-MST.

Operação Marx 2
Se em 98 o PSDB ficar parecido demais com PFL e PMDB, não tem nada a ganhar nas pequenas e médias cidades -em tese, redutos mais conservadores. E, nas grandes cidades, tende a perder eleitores para o PT.

Não se misturam
FHC até estimula a guinada à esquerda do PSDB. Ele separa os temas de sua eleição dos assuntos que o partido deva encampar nos pleitos parlamentares de 98.

Retorno ao estrelato
Covas é o principal pólo de poder alternativo a FHC no PSDB. Atrai a todos os descontentes.

Munição eleitoral
Reivindicada por PMDB e PFL, a criação do Ministério da Habitação não sai antes de 98 por um motivo: FHC pretende usar a nova pasta como moeda de troca para facilitar as composições políticas com vista à reeleição.

Saindo de campo
Nas conversas com parlamentares do PMDB, José Sarney é taxativo: FHC será imbatível em 98. Por isso, passou a defender que o partido desista de uma candidatura própria e apóie a reeleição do presidente.

Criando fatos
O líder tucano na Câmara, Aécio Neves (MG), discute reforma agrária hoje com d. Lucas Moreira Neves (CNBB). Depois de criar uma comissão especial do PSDB para cuidar do assunto.

Novela petista
Tarso Genro virou unanimidade no PT para disputar a Presidência, caso Lula não seja candidato em 98. Mas ele começa a achar mais adequado concorrer ao governo gaúcho. Vai precisar se entender com Olívio Dutra.

Desgraça alheia
No governo, há quem comemore a CPI dos precatórios e a ligação de PC com a máfia. Razão: desviam a atenção da mídia. "É preciso jogar perfume no ventilador", diz um governista.

Apresentando a fatura
O lobby dos prefeitos, que ajudou a garantir a reeleição, está em campo de novo. Querem excluir o fundo de participação dos municípios do FEF (Fundo de Estabilização Fiscal) para votar pela sua prorrogação até 98.

Até parece piada
Além de uma lancha batizada de "Espertíssima", Ronaldo Ganon, do Banco Vetor, tem um jet-ski chamado "Espertinho". O nome da lancha de seu sócio Fábio Nahoum é "Tchau".

Coronel moderno
O líder do PFL, Inocêncio Oliveira, mostrou ontem que é um cabra macho. Interveio duro para conter a agressividade dos pefelistas na reunião em que Marta Suplicy (PT) explicou o projeto de união civil homossexual.

A conferir
Quem acompanha a CPI dos Precatórios prevê que aparecerão novas empresas de fachada, além de novos "favores" para políticos, como o do carro alugado para a mulher de Pitta.

Dois pesos
De Aldo Rebelo (PC do B): "A apuração da CPI dos Precatórios sobre os adversários do governo vai de vento em popa. Mas empaca quando chega nos grandes bancos e fundos de pensão".

Sonho italiano
Há pelo menos uma semana o Brasil é destaque na imprensa romana. Nada de PC e ligações com a máfia. O que excita a imaginação dos italianos é saber se Ronaldinho jogará na Lazio.

Caos jurídico
A comissão da Câmara que enxugará leis repetidas analisará um projeto substitutivo do senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) que trata do mesmo assunto.

Visita à Folha
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Marinho, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado do secretário-geral da entidade, Carlos Alberto Grana, e do assessor de imprensa, Júlio de Grammont.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Gushiken (PT-SP), sobre os cinco auxiliares de Pitta investigados pela CPI dos Precatórios:
- Para Pitta, vale o ditado "diga-me com quem tu andas, que direi quem tu és".

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