São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 1997
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O que muda na compra

- Como é hoje?
O comprador se inscreve num plano de expansão, espera ser chamado e paga R$ 1.117 por uma linha e um lote de ações da Telebrás. O tamanho do lote de ações varia de ano para ano. A carência para instalação da linha é de 24 meses

- Como serão as novas regras?
O comprador pagará entre R$ 300 e R$ 400 pelo telefone, equivalentes ao custo de instalação da linha, e não terá direito a ações da Telebrás. A carência para instalação da linha deverá permanecer a mesma, de 24 meses

- A Telesp vai continuar chamando os inscritos até sair a nova legislação?
A empresa chegou a anunciar que não convocaria mais ninguém, mas voltou atrás. Garante que vai chamar ainda este mês 96.000 inscritos da capital paulista

- O que acontece com quem se inscreveu, já pagou e ainda não recebeu a linha?
Se o comprador já pagou os R$ 1.117 pelo telefone, receberá a linha e as ações, como estava previsto. Não há possibilidade de receber o dinheiro de volta ou optar pela nova tarifa, que não dá direito às ações. A regra também vale para quem já começou a pagar o telefone em parcelas

- O que acontece com quem se inscreveu e ainda não foi chamado?
Se for chamado antes de sair a nova regulamentação, prevista para maio, poderá optar, dentro do prazo de 8 dias previsto pela carta de convocação, pela compra no sistema antigo ou no novo. O convocado não poderá esperar pela saída da nova regulamentação para só então optar entre a nova ou velha forma de compra. Quem optar pelo novo sistema, só pagará a linha depois de o Ministério das Comunicações definir exatamente qual será o seu valor. Qualquer que seja a opção, seu lugar na fila de espera pela linha será preservado. Se o inscrito for convocado depois da mudança na legislação, terá que comprar o telefone pelo novo sistema

- O que acontece com quem se inscreveu, foi chamado e ainda não pagou?
Se a pessoa ainda não perdeu o prazo de convocação, pode optar entre comprar o telefone no sistema antigo ou no novo. Qualquer que seja a opção, o lugar na fila de espera pela linha será preservado. A Telesp estuda a possibilidade de ampliar o prazo de validade das cartas de convocação endereçadas às 25.000 pessoas chamadas entre o final do mês passado e início deste mês

- O que acontece com quem se inscrever num novo plano de expansão?
Pagará entre R$ 300 e R$ 400 pela linha, já dentro das novas regras. A Telesp não tem previsão de abertura de novo plano de expansão para este ano

- É melhor comprar um telefone no sistema antigo ou no novo?
Depende. A vantagem do novo sistema é que o desembolso inicial para compra da linha será menor. Em compensação, quem hoje paga mais por uma linha no atual sistema adquire também um lote de ações da Telebrás, que pode valer um bom dinheiro. O problema é que o comprador só é informado do tamanho do lote de ações a que tem direito mais de um ano após a compra. É um investimento, portanto, com um certo risco. Quem comprou telefone em 1995, por exemplo, fez um bom negócio. Um ano depois, recebeu 14.000 ações da Telebrás, cujo lote de 1.000 ações hoje está cotado em cerca de 110 reais na Bolsa de Valores de São Paulo

- Quem tem ações da Telebrás deve vendê-las agora?
É difícil saber o melhor momento para fazer isso. A Telebrás deve ser privatizada e é possível que a cotação de suas ações subam. O melhor é ficar atento à evolução das cotações no mercado

- O mercado paralelo de telefones vai desaparecer?
No curto prazo, não. O governo federal disse que vai abaixar o preço da linha, mas não acenou com a redução no prazo de entrega. Por isso, as filas nos planos de expansão continuarão por um bom tempo. Os preços no mercado paralelo, no entanto, estão em queda

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