São Paulo, domingo, 23 de março de 1997
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Nova regra pode nocautear brasileiros

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os pugilistas da seleção brasileira de boxe amador estão perdendo o sono. Tudo porque a Aiba (Associação Internacional de Boxe Amador) não se define pela implantação ou não de uma regra que modifica radicalmente o esporte.
A Aiba estuda projeto que altera o limite de assaltos e a sua duração, inclusive em Olimpíadas.
Em vez dos atuais três assaltos de três minutos, os combates passariam a ter cinco assaltos de dois minutos cada. Seriam mantidos os intervalos de um minuto.
Na prática, haveria um minuto a mais de combate.
A alteração foi sugerida por emissoras de TV. A mudança -representada pelos dois intervalos adicionais- favoreceria os anunciantes.
O presidente da Aiba, Anwar Chawdhry, adiantou à Folha que uma decisão final será tomada durante reunião geral da entidade no início de 1998.
Aplicação
A nova regra, porém, já está sendo aplicada. Existem locais onde mantém-se três assaltos, e outros onde foi adotado o novo limite.
O diretor de boxe amador da CBP (Confederação Brasileira de Pugilismo), Luiz Boselli, não sabe qual duração será adotada no Pan-Americano de boxe deste ano.
"Mandei faxes para os organizadores do evento, mas não obtive resposta", reclama. "Na dúvida, orientei a nossa equipe a se preparar para cinco roundes."
Boselli admite que, se os combates forem disputados em três assaltos, os atletas brasileiros serão prejudicados. "A preparação teria de ser totalmente diferente", explica.

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