São Paulo, domingo, 23 de março de 1997 |
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Senna 916 é Ferrari sobre suas rodas
MARCELO TADEU LIA
A italiana Senna 916 "de rua", avaliada com exclusividade para a Folha pelo piloto de Fórmula Indy Marco Greco, é definitivamente uma máquina de tirar o fôlego. Trata-se, basicamente, da mesma moto que venceu as duas últimas edições do Mundial de Superbike (campeonato que reúne motos de fabricação em série). A grande mudança é feita no motor, que tem um chip (circuito computadorizado) cuja função é amansar um pouco a potência. A moto traz visual agressivo, com muitas aplicações em fibra de carbono -nos pára-lamas, nas tampas laterais do motor e no isolamento entre a estrutura do banco e as saídas do escapamento. Leve e muito resistente, o material é usado em carros de corrida e na indústria aeroespacial. O motor Ducati é um dois cilindros clássico, em "L", de 916 centímetros cúbicos, aprimorado pela Cosworth, empresa inglesa que se destacou preparando motores Ford para a Fórmula 1. Alguns detalhes fazem a diferença na dirigibilidade. É o caso do amortecedor de direção, instalado entre o guidão e o tanque de combustível, que ajuda a impedir movimentos bruscos e perda de controle. O acessório é útil, especialmente nas esburacadas ruas brasileiras. Tudo isso tem preço: US$ 39 mil, o equivalente a um Omega CD 4.1. O nome Senna não surge por acaso. O piloto, morto em 94, participou ativamente do projeto com a Ducati. Entre suas sugestões, está a inclusão das peças de fibra de carbono. A família de Ayrton Senna guarda, em São Paulo, a primeira moto que saiu da linha de montagem. Em uma placa prateada, junto ao guidão, lê-se o número de fabricação "001". A Ducati monta cerca de 300 unidades/ano do modelo. A Senna Import (011/3068-8522), de Leonardo Senna -irmão do piloto-, é responsável pela venda no Brasil da moto e dos carros da marca Audi. LEIA MAIS sobre a moto à pág. 6-3 Próximo Texto: Carros recém-lançados são raros e não têm descontos Índice |
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