São Paulo, segunda-feira, 24 de março de 1997
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Presidente reaparece e prega o combate

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente do Zaire, Mobutu Sese Seko, afirmou ontem, após abandonar sua reclusão voluntária em Kinshasa, que não permitirá que os país caia nas mãos de guerrilheiros rebeldes.
Mobutu, que sofre de câncer na próstata, regressou ao país na última sexta-feira. Até ontem ele não tinha ainda sido visto em público.
"Não retornei para me ocupar de meus assuntos pessoais, mas sim para me dedicar plenamente a cuidar dos interesses do Zaire: a unidade e o interesse territorial".
Os rebeldes, agrupados na Aliança de Forças Democráticas para a Libertação do Congo-Zaire, liderada por Laurent Desire Kabila, já domina cerca de um terço do território do Zaire.
O governo da Bélgica enviou 550 militares para Brazzaville, no Congo, para preparar uma eventual retirada de cidadãos belgas.
O governo do país qualifica a ação de humanitária, afirmando que não tem qualquer intenção de participar dos conflitos internos no Zaire, uma ex-colônia.
As afirmações foram feitas pelo ministro da Defesa da Bélgica, Jean-Pol Poncelet, e pelo chanceler do país, Erik Derycke, que disseram ainda querer evitar qualquer interpretação de que se trata de "algum tipo de apoio político".
Essa será a sexta operação de retirada feita pela Bélgica desde 1960, quando a então colônia se tornou independente. Vivem atualmente no Zaire 2.800 belgas.
Mercenários sérvios que aterrorizaram a cidade zairense de Kisangani este mês deixaram covas contendo pelo menos 24 cadáveres, diz a revista "Newsweek". As covas conteriam os corpos de vítimas mortas pela força liderada pelo coronel Dominic Iugo.

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