São Paulo, quarta-feira, 26 de março de 1997
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Mercado de sêmen revela tendências

Cresce venda de red angus

DA REPORTAGEM LOCAL

Há pouco tempo o gado red angus, de origem escocesa, não era muito conhecido nas regiões Sudeste e Central. Nos últimos três anos, porém, foi ele o gado que mais cresceu na venda de doses de sêmen no Brasil entre as raças produtoras de carne.
O crescimento foi de 42%, computados os anos de 94, 95 e 96.
É o que mostra o relatório anual da Asbia (Associação Brasileira de Inseminação Artificial).
Entre as raças leiteiras, a holandesa, típica produtora de leite, conserva uma dianteira folgada em relação a todas as outras raças criadas no Brasil.
Também nos últimos três anos ela teve um crescimento de 47,8%.
Outras raças que apresentaram subidas expressivas na venda de sêmen foram a leiteira jérsei (29,2%), da Suíça, e a francesa limousin, produtora de carne (17,6%).
Caíram as comercializações de sêmen de nelore (-8,4%), nelore mocho (-25,9%), aberdeen angus (-15,6) e simental (-6,6%).
Fato curioso é que o red angus é uma variedade da raça aberdeen-angus. A diferença está em sua coloração (vermelha) enquanto a do aberdeen é preta.
Em 96, o mercado nacional de sêmen bovino registrou estabilidade, ao contrário dos últimos anos, quando o crescimento sempre superava os 10%.
Foram vendidos 4,126 milhões de doses, contra os 4,180 milhões de 95.
Holandês
No caso específico do holandês, o sêmem importado superou largamente o sêmen de touros nacionais em 96. Entraram no país 894 mil doses, contra as 302 mil de touros nacionais por aqui vendidas.
Para Lair Antonio de Souza, produtor de leite tipo A, o crescimento das vendas do sêmen de touros holandês é resultado da maior consciência, por parte do produtor, da necessidade do melhoramento do produto.
Além disso, diz Lair, o Plano Real tornou o sêmen importado, cuja qualidade é comprovada, mais barato.
A mudança de mentalidade do pecuarista, segundo Lair, vai manter o holandês no topo das vendas de sêmen este ano.

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