São Paulo, quarta-feira, 26 de março de 1997
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Dono da Split diz que não há ligação

DA REPORTAGEM LOCAL

Enrico Picciotto, que foi sócio do Banco Operador e dono da Split, afirmou ontem que não existe "nenhuma ligação" entre o esquema Paubrasil e as empresas que lucraram milhões com a venda de títulos públicos.
Picciotto disse ontem que "não sabia" que a Paubrasil depositava dinheiro de contribuições de campanha em 1990 no Operador, do qual era sócio. "Eu cuidava da mesa de operações do banco", afirmou.
O advogado de José Luis Priolli, Cássio Pinto César Júnior, confirmou ontem que seu cliente foi funcionário do banco Operador e da distribuidora Split, mas negou qualquer envolvimento com o caso Paubrasil.
"Ele precisava de trabalho. Foi um simples empregado tanto do Operador quanto da Split. Podemos dizer que foi uma coincidência (ele estar relacionado com as três empresas). Não acredito que ele tenha participado. Tenho certeza disso", declarou.
O advogado não permitiu que Priolli desse entrevistas. Segundo ele, a medida faz parte da estratégia de defesa de seu cliente.
"Priolli nunca assinou nenhum documento nem participou de negociação nenhuma desse caso Paubrasil. Essas coisas só passam pela diretoria das empresas e ele só era um funcionário. Era uma pessoa que obedecia ordens, como é a função de todo empregado."
O empresário Pedro Mammana disse ontem que foi orientado por seu advogado a não dar entrevistas, mas afirma que "não há nenhum envolvimento" entre ele e suas empresas com as investigações realizadas pela CPI dos Precatórios.
Mammana disse que até agora não foi convocado a depor na CPI "porque não encontraram absolutamente nada" contra ele. Tudo o que a CPI dispõe até agora contra o empresário são declarações de empresários "laranjas" de que ele os teria indicado às operadoras para negociações irregulares.
A Folha procurou o assessor de imprensa do ex-prefeito Paulo Maluf, Adilson Laranjeira, mas não o localizou. Em sua residência, parentes informaram que ele havia viajado.

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