São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 1997
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Eternamente jovem

CARLOS SARLI

Se a sua experiência com surfe se resume ao uso de pranchas triquilha, os nomes a seguir serão desconhecidos, ou uma vaga referência. Para aqueles que acompanharam a evolução dos pranchões para as minimodels, destas para as biquilhas, até as atuais e unânimes thrusters, uma grata surpresa.
Ian Cairns, Dane Kealoha, Michael Ho, além dos campeões mundiais Peter Townend (o primeiro em 1976), Shaun Tomson (durante 13 anos top 16), Mark Richards (tetracampeão), Wayne "Rabbit" Bartolomew, estão de volta.
Entre os dias 21 e 27 de julho eles estarão na ilha de Tavarua, Fiji, para a disputa do primeiro mundial de masters. Serão 24 convidados com idade superior a 36 anos, no formato utilizado pelo mundial da A.S.P.
A iniciativa do mundial de masters é da marca francesa Oxbow, que vem dando um banho de marketing em muitas marcas tradicionais do surfe. A competição já está programada também para 98 e espera-se que a partir de 99 tenha três etapas.
Levar as lendas vivas dos anos 70 e 80 para dentro d'água, melhor, para as esquerdas de Cloudbreak, é grande idéia.
Dos quarentões para os jovens. A terceira etapa do mundial profissional continua na Austrália. Depois de um primeiro dia com ondas médias, quando o único brasileiro a se dar bem foi Joca Jr., as esperadas ondas grandes chegaram.
Terça-feira, com ondas de até quatro metros, todos os brasileiros exceto o baiano Jojó de Olivença, que perdeu a bateria para seu conterrâneo Armando Daltro, foram adiante.
Ontem as ondas estavam com três metros e perfeitas. Só oito baterias foram disputadas para dar lugar à categoria feminina. Peterson Rosa venceu o ex-campeão mundial Barton Lynch. Joca e Armando perderam. O Rip Curl Pro continua hoje aproveitando o swell, mas pode seguir, caso as ondas piorem, até o próximo dia 3.

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